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Médicos contestam presença de Tifanny no vôlei feminino

Um dos profissionais alertou que é preciso monitorar o nível de testosterona

Ana Luiza Menezes - 29/03/2019 20h35

Tifanny Abreu Foto: Reprodução

Segundo o jornal O Globo, os médicos que deram o aval para que Tifanny Abreu pudesse jogar na Super Liga feminina de vôlei agora pensam que ela não deveria mais atuar entre mulheres. Um dos profissionais consultados foi João Granjeiro, coordenador da Comissão Nacional de Médicos do Voleibol (Conamev).

– Ela nasceu homem e construiu seu corpo, músculos, ossos, articulações com testosterona alta. Nenhuma mulher, a não ser que tenha usado testosterona de origem externa ao organismo, conseguiria formar o mesmo corpo. É só olhar para a atleta, alta e muito forte – disse.

Aos 34 anos de idade, com 1,94 de altura, Tifanny foi autorizada a disputar na modalidade feminina em 2017. Na ocasião, todo o processo ocorreu com base nas recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Para a liberação, foi apresentada toda a documentação jurídica necessária, além do parecer médico com exame dos últimos 12 meses com nível de testosterona abaixo de 10nmol/L ou 288 ng/dL. Entretanto, o médico da Confederação Brasileira de Voleibol, João Olyntho, alerta que alguns cuidados são necessários.

– Se a testosterona estiver acima desse limite, ela terá de parar de jogar e o processo volta ao início. Terá de apresentar novos exames durante um ano dentro das recomendações do COI. Só depois será liberada novamente. Leva-se em consideração apenas o último ano em relação ao nível de testosterona. Mas e os outros anos todos na vida dessa atleta? Foram 30 anos – declarou ele, que também é responsável pela área clínica da Conamev.

A mudança de sexo de Tifanny aconteceu em 2013. Há dois anos, ela ganhou destaque como a primeira atleta transexual a integrar a Super Liga feminina. Nesta semana, seu nome esteve envolvido em uma polêmica quando o técnico Bernardinho reclamou de um lance com base no fato de ela ter a força de um homem. Diante de críticas, Bernardinho pediu desculpas e Tifanny afirmou que já ouviu declarações piores.

O que causou revolta em Abreu foi o fato de a ex-jogadora Ana Paula Henkel usar as redes sociais para comentar a confusão. Como resultado, ela acusou Henkel de homofobia e mandou que a ex-atleta monitore os jogadores transexuais dos Estados Unidos, uma vez que é casada com um americano e vive fora do Brasil.

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