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Justiça da Itália inicia trâmites para tentar extraditar Robinho

Pedido internacional de prisão também será apresentado, mas a Constituição brasileira não permite que brasileiros natos sejam extraditados

Paulo Moura - 31/01/2022 09h54 | atualizado em 31/01/2022 10h07

Robinho Foto: EFE/Paulo Fonseca

O procedimento para o pedido de execução de pena contra o jogador Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, condenados por violência sexual em grupo, foi registrado nesta segunda-feira (31) na Procuradoria de Milão, na Itália. O ato é o primeiro passo para o pedido de extradição e de um mandado simultâneo de prisão internacional que devem ser apresentados nos próximos dias.

De acordo com a Constituição Federal, brasileiros natos não podem ser extraditados, mas, com o pedido internacional de prisão, a dupla pode ser presa caso realize uma viagem para fora do país. A Itália também pode solicitar ao governo brasileiro que os dois cumpram os nove anos de prisão em uma penitenciária do Brasil, mas o Código Penal limita a homologação de sentença estrangeira.

O jornal italiano Corriere Della Sera informou que, após a coleta de alguns documentos, será iniciada a fase de execução com o envio ao Ministério da Justiça do pedido de extradição, que será encaminhado às autoridades brasileiras, e a expedição do mandado de prisão.

O CASO
Robinho e Falco foram condenados por abusar sexualmente de uma mulher albanesa numa boate em Milão, em janeiro de 2013. A vítima afirmou que foi embriagada e que seis homens participaram do ato de violência. A dupla brasileira afirma que a relação foi consensual, mas a Justiça italiana não aceitou a justificativa.

Desde que o processo foi aberto, em 2016, Robinho não foi a nenhuma audiência sobre ocaso. A sentença de primeira instância foi anunciada no ano seguinte. Em outubro de 2020, o jogador chegou a ser contratado pelo Santos, mas uma série de protestos, principalmente nas redes sociais, fez com que o time suspendesse e, posteriormente, encerrasse o acordo com o jogador.

Dois meses depois, em dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na corte de Apelação de Milão. Na ocasião, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o julgamento, disse que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais”.

Em janeiro, com a condenação na terceira e última instância, os recursos foram esgotados.

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