Leiliane Lopes - 03/08/2024 14h50 | atualizado em 06/08/2024 17h38

A Associação Internacional de Boxe (IBA, sigla em inglês) emitiu uma nota oficial criticando o Comitê Internacional Olímpico (COI) por permitir a participação de boxeadoras que foram desclassificadas por eles após testes genéticos. Na nota, publicada nesta quinta-feira (1º), a entidade diz que tal permissão coloca as atletas em risco.

– Condenamos veementemente as inconsistências na elegibilidade para competir na competição de boxe realizada nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Para reiterar, tanto Imane Khelif quanto Lin Yu-ting, após os testes, não atenderam aos critérios de elegibilidade necessários para competir na categoria feminina de nossos respectivos eventos – diz parte do documento.

A IBA cita que as decisões sobre ambas as atletas foram tomadas após “teste confiáveis” realizados em laboratórios independentes. Enquanto Lin Yu-ting não recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), Khelif chegou a recorrer da decisão, mas retirou o recurso.

– Não entendemos absolutamente por que qualquer organização colocaria um boxeador em risco com o que poderia trazer uma lesão potencialmente séria dentro do “Campo de Jogo” (FOP). O papel principal do árbitro no ringue é gerenciar a segurança do boxeador em todos os momentos. Como isso é razoavelmente praticável quando um boxeador não atende aos critérios de elegibilidade para competir? – questiona.

E continua:

– A IBA nunca apoiará nenhuma luta de boxe entre os gêneros, pois a organização coloca a segurança e o bem-estar de nossos atletas em primeiro lugar. Estamos protegendo nossas mulheres e seus direitos de competir no ringue contra rivais iguais, e as defenderemos e apoiaremos em todas as instâncias; suas esperanças e sonhos nunca devem ser tirados por organizações que não estão dispostas a fazer a coisa certa em circunstâncias difíceis.

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