Tite nega envio de drone para espionar treino do Peru
Técnico também elogiou Guerrero, com quem trabalhou no Corinthians
Jade Nunes - 22/06/2019 09h22
O técnico Tite negou nesta sexta-feira (21) ter enviado um drone para espionar o treino do Peru, adversário do Brasil neste sábado, em São Paulo. O jogo vale a classificação para as quartas de final da Copa América como líder do grupo A. Na ocasião, Tite também elogiou Paolo Guerrero, com quem trabalhou no Corinthians.
Perguntado sobre a espionagem ao treino do adversário, apontada pelo jornal peruano Líbero, Tite deu sua “palavra de honra” que não tem qualquer envolvimento com a aeronave que sobrevoou a atividade realizada pelo “Blanquirroja” no Pacaembu.
– Tenha minha palavra de honra que não houve nada. A palavra de honra. Se tiver que pagar esse preço para vencer, pego meu boné e vou para casa. Se tiver que bater para vencer, pego meu boné e vou para casa. Não tenho mais idade para isso – disse Tite em entrevista coletiva.
– Não fiz isso no início da minha carreira, vou fazer agora? – continuou Tite, lembrando um episódio em que era técnico do Grêmio, antes da final da Copa do Brasil de 2001 contra o Corinthians, quando mandou o hoje auxiliar da seleção, Cléber Xavier, acompanhar uma atividade comandada por Vanderlei Luxemburgo.
– Bom, eu fiz, mas não comparem_ fiz com o Cleber (Xavier), contra o Corinthians, em um treino aberto. O treino é aberto, eu vou lá ver! Ok, foi lá no início, e eu fiz. Agora vocês têm minha palavra, não faço mais – explicou o comandante da seleção.
Tite fez elogios a Guerrero, com quem disse ter um “laço de amizade” e um “respeito muito grande”. Juntos no Corinthians, eles conquistaram três títulos: o Mundial de Clubes (2012), a Recopa Sul-Americana (2013) e o Campeonato Paulista (2013).
– Não gostaria de enfrentar nenhum dos meus ex-jogadores, incluindo Guerrero – afirmou.
O comandante da Seleção também destacou o trabalho do técnico do Peru, Ricardo Gareca. Para Tite, o adversário tem um “amplo domínio” de seus jogadores e sabe muito bem onde escalá-los em campo.
– O Peru é uma equipe equilibrada com transições rápidas e tem boa triangulação entre Jefferson Farfán, Paolo Guerrero e Christian Cueva – explicou o técnico.
*Com informações da Agência EFE