Teixeira usou jogo da seleção para vender voto ao Catar
Fifa revelou que o país árabe destinou R$ 23 milhões ao ex-presidente da CBF

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. (foto: reprodução)
Livia Ribeiro - 27/06/2017 14h48 | atualizado em 27/06/2017 14h50
Nesta terça-feira (27), foi revelado pela própria Fifa, através do relatório do investigador norte-americano Michael Garcia, detalhes sobre as suspeitas de corrupção envolvendo o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
O ex-presidente apoiou a candidatura do país árabe para sediar a Copa de 2022. Em troca, Teixeira recebeu um pagamento de propina. Para camuflar, ele usou contratos comerciais para jogos da seleção brasileira em 2010. Tudo isso consta em um documento de 360 folhas.
Michael Garcia foi contratado pela Fifa para apurar as suspeitas de ilegalidade há cinco anos. O americano, que hoje é juiz num tribunal de apelação de Nova York, chegou à constatação de que havia indício forte de que o Catar havia comprado os votos para sediar o evento.
O relatório de Garcia sugere que fosse investigado por corrupção, conflito de interesse e outras violações do código de ética da Fifa.