Taça Libertadores: River Plate vence o Boca Juniors
Partida foi disputada no Monumental de Núñez
Ana Luiza Menezes - 02/10/2019 00h15

Com uma atuação sólida e contra um rival pouco inspirado, o River Plate venceu o Boca Juniors por 2 a 0, nesta terça-feira (1°), no Monumental de Núñez, em reedição da última final da Taça Libertadores. Com o resultado, o clube deu um passo importante para voltar à decisão do torneio continental.
No ano passado, o River ficou com o título ao empatar com o arqurrival em 2 a 2, na Bombonera e vencer por 3 a 1 na prorrogação no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, já que a bola não pôde rolar em Núñez devido a um ataque da torcida do River ao ônibus do Boca.
Na luta pelo penta e pelo que seria o terceiro título nas últimas da Libertadores, os ‘Millonarios’ poderão até perder por dois gols de diferença na volta, daqui a uma semana, na Bombonera. Já os ‘Xeneizes’, donos de seis taças da competição, terão que devolver o 2 a 0 e resolver nos pênaltis ou vencer por uma vantagem ainda maior para avançar ainda no tempo normal.
O River teve os principais jogadores à disposição, incluindo De la Cruz e Pratto, recuperados de lesão. Entretanto, enquanto o meia uruguaio, irmão de Carlos Sánchez, do Santos, começou jogando, o atacante com passagem por Atlético-MG e São Paulo foi banco, da mesma forma que Scocco, ex-Internacional.
No Boca, o meia Salvio, um dos principais reforços para o mata-mata da Libertadores, treinou em separado nos últimos dias devido a problema físico e foi reserva, assim como Buffarini e o experiente atacante Tévez. Desses, apenas o lateral, também ex-São Paulo, não entrou.
O jogo em Buenos Aires já começou com polêmica e gol. Aos seis minutos de bola rolando, Más derrubou Borré dentrou da área e, em um primeiro momento, o árbitro Raphael Claus, deixou o lance seguir. No entanto, auxiliado pelo VAR, o brasileiro consultou o monitor à beira do gramado e marcou pênalti. Borré cobrou com categoria no canto esquerdo e fez 1 a 0.
Depois que o placar foi aberto, o superclássico ficou tenso, com bastante confusão e poucas chances de gol. Aos 18 minutos, Mac Allister arriscou de longe e fez com que Armani se esticasse todo para evitar o empate.
O River voltou a incomodar apenas aos 26 minutos, em lançamento de Fernández para Suárez, que cortou o goleiro Andrada, mas ficou sem ângulo e saiu com bola e tudo. Um minuto depois, Casco tentou do bico esquerdo da área, mas foi bloqueado.
A parte final da primeira etapa foi emocionante. Borré teve duas grandes oportunidades em dois minutos, mas, aos 39, finalizou impedido e carimbou o travessão, e aos 41 soltou uma bomba para defesa de Andrada.
Um minuto depois, Ábila partiu no contra-ataque e passou no capricho para Capaldo, que, cara a cara com Armani, pegou mal e encobriu o travessão. Na resposta do River, aos 44 minutos, De la Cruz surpreendeu cobrando falta diretamente para o gol pela ponta esquerda, mas Andrada cortou em escanteio.
Na etapa final, o River foi para cima e criou bastante. Aos dez minutos, Montiel tentou cruzar, mas a bola tomou o caminho do gol e acertou a trave. A defesa ‘xeneize’ afastou no rebote. Em seguida, De la Cruz chutou cruzado, a bola acertou Más, Izquierdoz e Andrada e tirou tinta da trave esquerda.
Até que aos 24 minutos, o ataque dos ‘Millonarios’ entrou tocando como quis na defesa adversária e aumentou a diferença. Fernández iniciou a jogada e apareceu entre os marcadores dentro da área para pegar de primeira depois de cruzamento rasteiro de Suárez pela direita e fazer 2 a 0.
Sem tirar o pé, o time anfitrião quase marcou o terceiro, quando Suárez tocou por cobertura, mas Andrada espalmou. Os visitantes responderam na mesma moeda, em finalização de classe de Salvio, mas Armani também conseguiu colocar para escanteio.
Nos instantes finais, o superclássico continuou lá e cá, mas com mais correria e marcação que criatividade. No último momento de perigo, aos 46, Pratto e Scocco puxaram contragolpe, e o ex-atacante do Inter saiu de frente para o goleiro, mas foi flagrado em impedimento.
FICHA TÉCNICA
River Plate: Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Pérez, Palacios, Fernández e De la Cruz (Álvarez); Borré (Scocco) e Suárez (Pratto). Técnico: Marcelo Gallardo.
Boca Juniors: Andrada; Weigandt, López, Izquierdoz e Más; Marcone, Capaldo, Soldano (Tévez), Mac Allister (Zárate) e Reynoso (Salvio); Ábila. Técnico: Gustavo Alfaro.
Árbitro: Raphael Claus, que será auxiliado por Danilo Manis e Bruno Pires.
Cartões amarelos: Fernández, Pérez e Pinola (River Plate); Más, Izquierdoz e López (Boca Juniors).
Cartão vermelho: Capaldo (Boca Juniors).
Gols: Borré e Fernández (River Plate).
Estádio: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (Argentina).
*Com informações da Agência EFE
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