Sobrevivente da Chape: “Deus existe e é misericordioso”
Acidente completou dois anos na última quarta-feira
Mayara Macedo - 29/11/2018 18h04 | atualizado em 29/11/2018 18h54

A tragédia da Chapecoense completou dois anos, mas segue marcando a vida dos sobreviventes. da tragédia da Chapecoense. A ex-comissária de bordo da LaMia, Ximena Suárez, foi uma dos seis sobreviventes e falou ao jornal LANCE!
– No começo, era muito difícil falar do que tinha acontecido. Graças a Deus, aos poucos fui superando algumas coisas, tendo também a ajuda da minha família para que eu melhorasse. Passei a mostrar minha experiência para que as pessoas abram os olhos, creiam que Deus existe e é misericordioso. Afinal, o que passou comigo foi um milagre – afirmou.
A jovem boliviana escreveu um livro, Volver a Los Cielos (De Volta ao Céu), onde conta detalhes do fatídico voo.
– Superei algumas coisas, mas não por completo. Ainda quero voltar a fazer viagem de avião trabalhando, como digo no meu livro. Adoro voar, sempre foi minha vocação, mas não consegui ainda – explicou.
Ximena também revelou uma tatuagem que fez para homenagear todos que faleceram no infeliz episódio.
– É um símbolo do que passei. Uma ferida aberta. Ferida que, lamentavelmente, nunca vou curar por completo, sempre vai estar aí. E também uma forma de homenagear cada pessoa que estava neste voo. Afinal, o avião está indo para o céu, que é onde Deus quer que eles estejam – disse ela.

Além de Ximena, sobreviveram ao desastre os jogadores Neto, Alan Ruschel e Jakson Follmamn; o jornalista Rafael Henzel e o comissário de bordo Erwin Tumiri.
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