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Sampaoli exige investimentos do Santos e deve deixar clube

Técnico argentino também quis revisão salarial

Gabriela Doria - 09/12/2019 20h34 | atualizado em 09/12/2019 20h37

Jorge Sampaoli não deve permanecer no Santos Foto: Reprodução

Jorge Sampaoli, de 59 anos, não deve permanecer no Santos em 2020. A despedida foi sinalizada após quase quatro horas de reunião na manhã de segunda-feira (9), no CT Rei Pelé, entre o técnico argentino, acompanhado de um advogado, o presidente José Carlos Peres e William Thomas, superintendente de futebol do clube.

Sampaoli exige do Santos investimentos que permitam lutar pelo título da Copa Libertadores da América, competição que o clube assegurou vaga direta pela segunda colocação no Campeonato Brasileiro.

De acordo com a sua assessoria pessoal, há muita distância entre o projeto esportivo desejado pelo treinador e as condições econômicas do Santos para a próxima temporada. Ele tem pressa por um desfecho.

O Santos gastou quase R$ 80 milhões com 14 contratações neste ano, número considerado, no mínimo, como ponto de partida pelo treinador para investimentos em 2020. Alguns nomes como o peruano Cueva, além dos colombianos Uribe e Felipe Aguilar terminaram o ano em baixa ou foram pouco utilizados.

Mesmo disputando a Libertadores, a proposta orçamentária do Santos, aprovada em 14 de novembro pelo Conselho Deliberativo, prevê movimentação financeira bem mais modesta se comparada a este ano. Serão R$ 249 milhões em receitas, R$ 130 milhões a menos do que em 2019, com estimativa de R$ 379 milhões.

O documento ainda registra R$ 69 milhões em vendas de jogadores, baseado em cálculo de negociações nas últimas temporadas, e não aponta a estimativa de compra de atletas, principal desejo de Sampaoli.

Além do reajuste de um projeto esportivo, dirigentes do clube enxergam que a negociação ganhou contornos de dificuldades pelo assédio recente, que gerou competição financeira.

Desde que virou o principal alvo do Racing (ARG), o técnico informou que pleitearia reajuste contratual, com vencimentos superiores aos atuais. Só o treinador ganha US$ 2,3 milhões de dólares líquidos anuais (R$ 9,6 milhões). Ele deseja maior reconhecimento, após o desempenho da equipe durante toda a temporada.

Esse não foi o único encontro entre clube e treinador para tentar definir rumos de sua permanência. Outra reunião ocorreu no sábado (7), na véspera da vitória por 4 a 0 diante do Flamengo, na Vila Belmiro, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

O argentino chegou a sugerir atletas ao departamento de análise e desempenho, mas foi informado que o clube ainda precisaria montar uma estratégia financeira para poder atendê-lo. O custo estimado em um ano com atletas que voltam de empréstimo e não têm espaço é de R$ 25 milhões.

Sampaoli ainda é o principal alvo do rival Palmeiras após a demissão do técnico Mano Menezes, no último dia 1º, mas garantiu em seguidas entrevistas que, até então, não abriu conversas com o clube paulista.

– Para mim, hoje os treinadores são objetos que se manipulam. Não chegou nenhuma oferta concreta para mim. Vou avaliar o meu futuro – disse.

*Folhapress

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