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Sampaoli cobra mais de R$ 1,5 milhão do Santos na Justiça

Caso reforça os velhos problemas entre o treinador e diretoria do clube

Pedro Ramos - 12/12/2019 17h48

Jorge Sampaoli Foto: Santos FC/Ivan Storti

O pedido de rescisão de contrato do técnico Jorge Sampaoli com o Santos, sustentado pelo não pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), não é a única exigência feita pelo treinador em meio à queda de braço travada com o clube.

Sampaoli pede, além do pagamento de R$ 112 mil por quatro meses de FGTS em atraso, outros valores pendentes. A conta estimada por sua defesa no processo, realizada pelo advogado Gustavo Amorim de Barros, é de pouco mais de R$ 1,5 milhão.

Além das parcelas de agosto, setembro, novembro e dezembro relacionadas ao FGTS, o técnico argentino ainda pede: R$ 350 mil de indenização por aviso prévio, R$ 320 mil de férias proporcionais ao período trabalhado, R$ 96 mil referente a um terço de férias, R$ 320 mil de 13º salário, R$ 134 mil da multa de 40% sobre o FGTS, R$ 128 mil pelos 11 dias trabalhados em dezembro e mais R$ 73 mil de honorários advocatícios.

O processo corre na 5ª Vara do Trabalho de Santos. Nesta quinta-feira (12), a juíza Patrícia Rebouças Franceschet Guimarães negou liminar favorável ao técnico no pedido de rescisão antecipada do contrato.

Ela diz que “não há no processo, por ora, elementos para a concessão da medida sem prévia oitiva da partida contrária”, ou seja, não pode determinar a rescisão sem antes ouvir o Santos. O clube será intimado a explicar.

Além de Sampaoli, quatro membros da comissão técnica do Santos, todos indicados pelo treinador, também acionaram a Justiça. O assistente Jorge Desio, um dos planos iniciais do Santos para substituir Sampaoli, Carlos Desio, Pablo Fernández e Marcos Fernandes.

Santos e Sampaoli divergem quanto ao desfecho do ciclo do treinador à frente no clube. O desencontro entre as partes levou o caso à Justiça, onde a disputa pela narrativa sobre o profissional ter pedido demissão ou sido demitido deve ter influência para o pagamento ou não da multa.

O clube nunca confirmou a existência de um aditamento realizado no contrato de trabalho. A reportagem teve acesso ao contrato do argentino e observou que em 7 de outubro foi assinado um termo que estabelece que qualquer uma das partes poderá romper o contrato sem o pagamento de multa e mediante simples notificação à outra a partir do dia 10 de dezembro.

O Santos informou que Sampaoli comunicou a demissão após reunião no dia 9 de dezembro e que “o caso foi entregue aos departamentos jurídico e de recursos humanos do clube”.

A assessoria de imprensa do treinador sustenta que o argentino não pediu oficialmente o desligamento do clube e que ainda aguardava por um retorno a respeito de suas exigências, após pedido do presidente santista, José Carlos Peres, de se reunir com membros do comitê gestor para avaliá-las. Ele divulgou uma carta de despedida nesta quarta-feira (11).

*Folhapress

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