Receita fiscal da Espanha pede prisão de Cristiano Ronaldo
Atleta seria culpado pelo crime de evasão fiscal, disse jornal El Mundo
Gabriela Doria - 27/12/2017 16h59 | atualizado em 27/12/2017 18h03
O atleta português Cristiano Ronaldo pode enfrentar novos problemas com a Receita fiscal da Espanha. De acordo com o jornal El Mundo, o jogador seria acusado de praticar evasão fiscal. A publicação diz ainda que a diretora da instituição já teria recomendado sua prisão através de um ofício.
No ofício, Caridad Gómez Mourelo, chefe do departamento de Delito Fiscal da Fazenda espanhola, pede ao juiz que analise a possibilidade de prisão do jogador. Segundo Mourelo, Cristiano Ronaldo sonegou o pagamento de 14,7 milhões de euros em impostos. “Sinceramente, temos pessoas em prisões por haver deixado de pagar 125 mil euros”, declarou a diretora no documento.
Para sustentar seu pedido, Mourelo acusa o jogador de utilizar “laranjas” e contas em paraísos fiscais como parte do esquema para não ter que pagar impostos por seus ganhos com direitos de imagem. A maioria dos bens teria sido enviado para contas nas Ilhas Virgens Britânicas.
As investigações afirmam que o esquema acontece desde 2009, quando CR7 passou a defender o Real Madrid. Apesar disso, os ilícitos foram planejados quando ele ainda jogava pelo Manchester United.
– Se você vier para a Espanha, o seu problema é que, se você já usou uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas porque estava no Reino Unido e existia uma conexão, essa conexão precisa parar de existir – decretou a diretora.
Em 2014, Cristiano Ronaldo já havia enfrentado problemas pela sonegação de impostos. Na época, sua defesa efetuou uma espécie de regularização espontânea da situação financeira do atleta. A atividade tinha como objetivo mostrar que o português nunca teve a intenção de sonegar impostos. Apesar disso, a Receita afirma que os esquemas nas Ilhas Virgens Britânicas não cessaram por completo.
Em julho deste ano, Cristiano Ronaldo prestou depoimento à Justiça da Espanha para esclarecer sua rotina financeira. Ele demonstrou irritação diante de insistentes perguntas sobre suas atividades financeiras. Na época, ele defendeu seu agente, Jorge Mendes, e chegou a classificar como “ridículo” todo o processo contra ele.