Marcelinho vence ação, mas dinheiro ganho é penhorado
Ex-jogador movia uma ação contra Vanderlei Luxemburgo, mas deve a advogados
Camille Dornelles - 16/07/2019 13h03 | atualizado em 15/08/2019 12h29
O ex-jogador do Corinthians Marcelinho Carioca, de 47 anos, teve pouco tempo para comemorar uma decisão favorável a ele em processo movido na Justiça contra o técnico Vanderlei Luxemburgo, 67.
Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a penhora de parte do salário do treinador do Vasco da Gama em virtude de uma ação movida pelo ex-atleta por dano moral. Luxemburgo foi condenado a pagar R$ 351 mil, incluindo correções monetárias, multas e honorários.
De acordo com a decisão, 15% do salário do técnico será repassado para o ex-corintiano. Marcelinho, porém, não deve ficar com a parcela do salário do técnico. A 4ª Vara Cível Central de São Paulo decretou a penhora de eventuais valores que o ex-jogador obtiver do Vasco.
Eles são referentes ao bloqueio a pedido do escritório de advocacia que cobra uma dívida de mais de R$ 1,5 milhão do ex-jogador.
O escritório representou Marcelinho entre 2000 e 2005 e alega que não recebeu honorários cobrados. O juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, em despacho publicado no dia 27 de junho, acatou o pedido da empresa.
– Diante das diferentes tentativas infrutíferas de recebimento do crédito, defiro a penhora – diz trecho da decisão do juiz.
SÍTIO EM ATIBAIA
Além da penhora do valor bloqueado do salário de Vanderlei Luxemburgo, o escritório quer executar um sítio em Atibaia, São Paulo, onde funcionava um resort, atribuído a Marcelinho.
– Já fizemos a prova de que o resort é dele – diz o advogado Fábio Gentile, do escritório BGR.
Os advogados levantaram documentos para apontar o ex-jogador como dono do imóvel. Na condição de responsável pelo estabelecimento, por exemplo, ele assinou documentos de ajustamento de conduta por danos ambientais e de parcelamento do IPTU. Em depoimento à Polícia Civil, Ubiraci da Costa Cardoso, ex-empresário de Marcelinho, confessou ser um “laranja” do ex-atleta. No papel, ele aparece como dono do local, que na verdade pertenceria a Marcelinho.
– Ainda não houve decisão judicial sobre isto. Estamos aguardando a decisão do juiz para que o imóvel possa ser penhorado – diz Gentile.
O advogado Anthero Mendes Pereira Júnior, que representa Marcelinho, afirmou que o ex-jogador contesta o valor devido.
– O Marcelo reconhece que existe este processo, mas os valores ainda serão discutidos nos autos. O valor que ele receberá do Vanderlei Luxemburgo é superior ao que eventualmente deveria ser cobrado pelo escritório – disse Pereira Júnior.
*Folhapress
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