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Maia defende que clubes de futebol se tornem empresas

Presidente da Câmara visitou clube do São Paulo e conversou com dirigentes

Gabriela Doria - 12/08/2019 21h44

Rodrigo Maia visita Centro de Treinamento do São Paulo Foto: Estadão Conteúdo/Newton Menezes

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), visitou o CT da Barra Funda nesta segunda (12), durante o treino da tarde, para conversar com a diretoria do São Paulo sobre a composição de um projeto de lei que visa transformar os clubes em empresas.

A convite da diretoria, ele conheceu a estrutura do Centro de Treinamento e falou sobre a necessidade de modernizar o futebol para deixar os clubes brasileiros em condições de competir com outros grandes centros e, assim, segurar os grandes jogadores no Brasil.

– Vim conhecer a estrutura do São Paulo, que é um exemplo de gestão. É preciso modernizar os clubes e garantir mais investimentos privados para competir com centros como China e Europa. Temos de avançar neste projeto para que os clubes caminhem neste formato de separar a forma associativa do futebol – afirmou Maia.

Além de Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF, Maia esteve acompanhado de Raí, diretor de futebol, de Lugano, superintendente de Relações Internacionais do clube além do mandatário são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

Maia visitou a CBF no fim de julho para falar sobre o projeto de lei e disse que pretende ainda visitar outros grandes clubes para falar sobre o assunto em pauta.

– A ideia é visitar outros clubes para que a gente possa avançar para um projeto de clube empresa – declarou.

Enquanto esteve à beira do campo com o estafe são-paulino, Rodrigo Maia ainda recebeu a visita do atacante Antony e do recém-contratado Daniel Alves para uma rápida conversa.

Um dos clubes que pode liderar esse movimento de transformação é o Botafogo, time do qual Maia é torcedor.

Recentemente, os irmãos Moreira Salles, botafoguenses, contrataram um estudo sobre a implementação de um novo modelo de gestão no clube, cujas dívidas ultrapassam a casa dos R$ 750 milhões.

Encomendado à consultoria EY, o projeto prevê a constituição de sociedade anônima exclusivamente destinada a administrar o futebol do Botafogo no período de 30 anos. O estudo pode ser o início de um processo de recuperação do clube.

O sucesso depende da constituição de um fundo em que os investidores “compram” a dívida dos credores. O clube deve aos Moreira Salles.

O projeto de agora visa criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com duração de 30 anos para cuidar do futebol do clube. A nova empresa, uma sociedade anônima, levantaria recursos para arcar com as dívidas em curto prazo (cinco anos) do Botafogo, hoje em torno de R$ 350 milhões. Em longo prazo, outros R$ 400 milhões em 25 anos apenas para dívidas.

A ideia para reestruturar o Botafogo baseia-se na criação dessa SPE composta por investidores que queiram operar de forma transitória por um período de até 30 anos. Seriam responsáveis por bancar o futebol e outros esportes, e em troca, teriam direito de imagem dos distintivos do clube, transferência dos contratos dos atletas, transferência dos cadastros desportivos para disputar, como Botafogo, todas as categorias do futebol.

*Folhapress

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