Itália derruba Inglaterra em casa e conquista a Eurocopa
Após empate por 1 a 1, torneio foi decidido nos pênaltis
Pleno.News - 11/07/2021 22h12

A única certeza que se tinha sobre a disputa da final da Eurocopa deste domingo (11), em Wembley, era de que o vencedor faria história, já que dois jejuns, cada um com um peso diferente, estavam em jogo. Por fim, o momento histórico foi protagonizado pela Itália.
Após empate por 1 a 1 no tempo normal, o time comandado por Roberto Mancini, articulador de uma revolução no futebol italiano, superou a Inglaterra por 3 a 2 nos pênaltis, com atuação decisiva do goleiro Donnarumma, e voltou levantar a taça do torneio continental após 53 anos.
Vice-campeã em 2000 e 2012, a seleção italiana havia vencido a Eurocopa apenas uma vez, em 1968, na mesma década em que os ingleses comemoraram o único título de sua história: a Copa do Mundo de 1966. Por isso, a derrota dói muito para a Inglaterra, que chegou pela primeira vez à disputa da final do torneio e sucumbiu diante da própria torcida, em um estádio cheio.
Mais do que o fim do jejum, os italianos coroam o grande momento que vivem desde 2018. Com uma mudança na filosofia de jogo, a equipe termina a Eurocopa como dona do melhor ataque, com 14 gols marcados durante a campanha. Além disso, atinge a incrível marca de 34 jogos de invencibilidade.
A Itália dominou a posse de bola e contou com investidas pontuais, principalmente em jogadas de Chiesa, mas não foi o suficiente, e o árbitro apitou o fim da etapa inicial em meio a cantos empolgados e ansiosos da imensa maioria dos presentes no estádio, formada por torcedores ingleses.
A Inglaterra foi para o intervalo com uma única finalização, a que originou o gol, e voltou para o segundo tempo sem demonstrar interesse em aumentar esse número. A Itália, por outro lado, entrou em campo sentindo a mesma dificuldade de antes para encontrar espaços no campo adversário. De qualquer maneira, fizeram, em 15 minutos, o que não conseguiram fazer em toda a etapa anterior: colocar Pickford para trabalhar, interceptando finalizações perigosas de Insigne e Chiesa.
A partir da segunda metade do segundo tempo, o jogo ficou mais truncado e ganhou ares de tensão. Toda a adrenalina teve que ser contida aos 41 minutos, quando um torcedor invadiu o gramado e forçou a interrupção da partida. Os minutos finais, com direito a seis de acréscimo, correram com a Itália no campo de ataque tocando a bola com paciência e certa hesitação, o que provocou uma avalanche de vaias da torcida até o árbitro apitar o fim do tempo regulamentar.
A etapa final foi de muito nervosismo. Do lado italiano, o sangue subiu em um lance no qual os jogadores clamarem pela marcação de um pênalti após um toque de Stones, com o braço junto ao corpo, mas o árbitro mandou seguir.
Nas penalidades, após Berardi e Harry Kane converterem, Belotti foi o interceptado por Pickford e a Inglaterra se colocou na frente quando Maguire acertou a cobrança na sequência. Logo depois, foi a vez de Rashford, que entrou justamente para a disputa de pênaltis, acertar a trave, antes de Bernadeschi converter para os italianos.
Então, veio uma sequência de erros: Sancho viu sua cobrança defendida por Donnarumma e Jorginho parou em Pickford. A responsabilidade de encerrar o jejum histórico da Inglaterra caiu nos pés de Saka, que não conseguiu completar a missão. Donnarumma foi preciso ao pular no canto esquerdo e deu o título para a Itália, novamente campeã da Eurocopa após 53 anos.
*AE
Leia também1 Conmebol permite público na Libertadores e Sul-Americana
2 Neymar lamenta a derrota do Brasil e parabeniza Messi
3 Jean celebra derrota da Seleção: 'Quase toda bolsonarista'
4 Com final da Copa América, SBT faz 'golaço' contra a Globo
5 Caboclo decide não depor na Comissão de Ética da CBF