Grupos políticos do Vasco se articulam por impeachment
O presidente do Vasco, Alexandre Campello, está acuado
Natalia Lopes - 29/05/2019 23h30
O presidente do Vasco, Alexandre Campello, está mais uma vez na mira de conselheiros e grupos políticos. Acuado, o dirigente vê, desta vez, crescerem as chances de uma abertura de sindicância contra ele. A ideia é articular um impeachment do mandatário, e não somente um afastamento.
Os envolvidos têm praticamente a certeza de que a abertura de sindicância será feita na próxima segunda-feira (3), na reunião do Conselho Deliberativo. A pressa se dá em função do impedimento ter de ser feito antes de um ano e meio de mandato para que a presidência não caia no colo do atual vice-geral, Eloi Ferreira.
Se o impeachment acontecer dentro do prazo, o estatuto prevê uma nova eleição dentro do conselho.
Um afastamento não é visto como ideal por estes grupos já que Campello, desta maneira, poderá se defender e, quem sabe, voltar ao poder.
A meta do impeachment, porém, é mais difícil. Enquanto o afastamento prevê uma maioria simples de votos, o impedimento necessita de 2/3 da votação dos conselheiros.
Também ficou estabelecido entre os grupos um nome de consenso para vencer a eleição em caso de impeachment para presidir o clube até 2020, quando terminaria o mandato de Campello. Os nomes de Jorge Salgado e José Luiz Moreira são alguns dos especulados.
Na segunda, o conselho deliberativo se reunirá para apurar as denúncias de 60 conselheiros de que a administração Campello teria dado um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões ao não pagar acordos judiciais de funcionários demitidos.
Segundo os grupos, o que mais motivou a movimentação por impeachment foi o descarte de ajuda por parte de Campello mesmo diante das dificuldades de se manter as contas do clube em dia.
*Folhapress
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