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Ex-presidente do Flamengo é indiciado por incêndio no CT

Eduardo Bandeira de Mello e mais sete pessoas deverão responder à Justiça

Mayara Macedo - 11/06/2019 14h13 | atualizado em 11/06/2019 14h28

Eduardo Bandeira de Mello Foto: Reprodução

O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello e outras sete pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco) pelas mortes dos 10 jovens no incêndio que ocorreu no Ninho do Urubu. O inquérito foi assinado pelo delegado Márcio Petra, da 42ª Delegacia de Polícia (Recreio).

INDICIADOS:
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo
Marcos Vinicius Medeiros, monitor do Flamengo
Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo
Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo
Danilo da Silva Duarte, da empresa de contêineres NHJ
Weslley Gimenes, da empresa de contêineres NHJ
Fábio Hilário da Silva, da empresa de contêineres NHJ
Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração

O CASO
O incêndio no Ninho do Urubu aconteceu no dia 8 de fevereiro deste ano e deixou 10 jovens mortos. Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius, 14 anos; Bernardo Pisetta, 14 anos; Christian Esmério, 15 anos; Gedson Santos, 14 anos; Jorge Eduardo, 15 anos; Pablo Henrique, 14 anos; Rykelmo de Souza, 16 anos; Samuel Thomas Rosa, 15 anos; e Vitor Isaías, 15 anos.

Outros três atletas ainda ficaram feridos e tiveram de ser hospitalizados. São eles Kauan Emanuel, 14 anos; Francisco Dyogo, 15 anos; e Jhonata Ventura, de 15 anos. Jhonata foi que apresentou o quadro mais grave, tendo queimaduras em 30% do corpo.

Os jovens dormiam em contêineres e o fogo teria começado após um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado de um dos dormitórios. À época, os alojamentos não estavam totalmente cheios porque, devido ao temporal do dia anterior, os treinos haviam sido cancelados e muitos jovens retornaram às respectivas casas.

Durante a apuração do caso, foi apontado que o local onde estavam os alojamentos, segundo a planta original, seria destinado a um estacionamento e, portanto, não poderia ter tais estruturas.
Após o incêndio, se iniciou-se uma batalha entre Flamengo e as famílias das vítimas. Inicialmente, nas reuniões entre as partes, a diretoria rubro-negra não aceitou os valores propostos pela Defensoria Pública.

Depois de todo um imbróglio, em um período que, inclusive, o Flamengo se pronunciava apenas através de notas à imprensa, as negociações foram individuais. Até o momento, apenas três acordos foram fechados: com os familiares do Athila, Gedinho e com o pai do Rykelmo (a mãe permanece em negociação).

*Folhapress

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