Jade Nunes - 06/06/2018 11h03

A Argentina cancelou, nesta terça-feira (5), o amistoso contra Israel que aconteceria em Jerusalém neste sábado (9). A medida causou polêmica e reacendeu a questão do conflito entre Israel e Palestina.

ENTENDA A SUSPENSÃO DO AMISTOSO

Durante um treino pré-Copa da seleção argentina nesta terça, manifestantes palestinos ficaram do lado de fora do Centro de Treinamento, em Barcelona, Espanha, gritando “Messi, não vá”. Algumas pessoas chegaram a levar a camisa da seleção pintada de vermelho, representando sangue.

Também houve ameaça de que camisas com o nome do famoso atacante seriam queimadas caso a Argentina realizasse a partida. Além disso, 70 crianças palestinas assinaram uma carta pedindo a Messi que não jogasse.

O próprio presidente da Associação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, enviou uma carta para afirmar que o jogo seria utilizado por Israel como “ferramenta política”.

– O governo israelense transformou uma partida esportiva de rotina em uma ferramenta política. Como foi amplamente noticiado pela mídia argentina, agora a partida está sendo disputada para comemorar o 70º aniversário de Israel – afirmou.

A Associação de Futebol Argentino (AFA) optou pela suspensão por temer pela segurança dos jogadores e de toda a equipe.

ENTENDA O CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

Para entender a suspensão do amistoso, também é necessário saber um pouco sobre a guerra entre Israel e Palestina.

O conflito ganhou força no início do século 20, quando se procurava criar um Estado para os judeus. O recente reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos Estados Unidos reaqueceu a hostilidade entre as nações.

Os dois países disputam território. Além disso, israelenses não aceitam a criação de um Estado soberano para os palestinos e estes, por sua vez, não reconhecem o Estado de Israel, entre outros pontos.

Como resultado do desentendimento, também foi criado um movimento de boicote a Israel, chamado de Boicote, Desinvestimento e Sanções.

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