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Acusado de estupro, jogador prestou novo depoimento

Pleno.News - 17/04/2023 13h11 | atualizado em 17/04/2023 14h34

Daniel Alves Foto: EFE/José Méndez

O lateral-direito Daniel Alves afirmou perante a juíza, nesta segunda-feira (17), que manteve relações sexuais consensuais com a jovem que o denunciou por tê-la estuprado na boate Sutton, em Barcelona, e argumentou que mentiu em sua primeira declaração para esconder sua infidelidade de sua esposa.

Segundo fontes judiciais, o jogador, que está em prisão preventiva desde 20 de janeiro, prestou depoimento nesta segunda por cerca de meia hora, pela segunda vez e a pedido próprio, perante a juíza do Tribunal de Instrução número 15 de Barcelona, que o investiga pelo suposto estupro.

Alves acrescentou, segundo sua defesa, que desconhece o motivo da jovem o ter denunciado por estupro, mas destacou que ela pode ter se sentido ofendida com ele por não ter sido “atencioso ou afetuoso” quando o relacionamento terminou, e ele pediu a ela que saíssem do banheiro separadamente, por discrição.

Daniel Alves, que em seu primeiro depoimento perante a magistrada que o mandou para a prisão apresentou três versões diferentes dos fatos, reconheceu pela primeira vez que teve relações sexuais com a jovem por via vaginal – até agora só havia admitido sexo oral – mas que foram consentidas.

O jogador brasileiro, levado à Justiça pelo Mossos d’Esquadra do presídio Brians 2, onde está preso há três meses, apresentou sua versão definitiva sobre o que aconteceu na boate Sutton no dia 30 de dezembro, em uma aparição que começou com o relato dos fatos e continuou com as perguntas das partes, às quais não teve dúvidas em responder.

ADMITE PELA PRIMEIRA VEZ RELAÇÃO POR VIA VAGINAL
O depoimento solicitado por Daniel Alves, após o qual a sua defesa voltará a pedir sua liberdade provisória, teve como objetivo esclarecer as contradições quando foi interrogado em tribunal após a sua detenção, uma das razões pelas quais a magistrada justificou sua prisão.

Durante depoimento no dia 20 de janeiro, o atleta inicialmente sustentou que não conhecia a vítima, posteriormente admitiu ter conhecido a jovem no banheiro da discoteca sem que nada tivesse acontecido entre eles e por fim, quando a juíza confrontou suas explicações com os exames biológicos, ele afirmou que a garota havia feito sexo oral nele, consensualmente.

No recurso que apresentou, sem sucesso, para sair da prisão, o lateral seguiu com sua versão de que manteve relações sexuais consensuais com a denunciante, sem mais detalhes.

Alves argumentou que em seu depoimento inicial no tribunal mentiu porque estava obcecado em esconder sua infidelidade de sua esposa, a modelo Joana Sanz, que no mês passado anunciou por intermédio das redes sociais sua intenção de se separar dele após oito anos de casamento.

O jogador apenas admitiu ter tido relações sexuais com a jovem após testes biológicos terem confirmado que a vítima tinha vestígios do sêmen dele em suas partes íntimas.

“TENSÃO SEXUAL” ENTRE AMBOS
Daniel Alves destacou que a relação sexual ocorreu depois que ambos se conheceram na área VIP da boate – onde beberam e dançaram juntos – e verificaram que houve “tensão sexual” entre ambos desde o primeiro momento, pelo que eles concordaram em continuar ficando íntimos no banheiro da discoteca.

Conforme sustentou sua defesa em um comunicado enviado à imprensa, perante a juíza, o jogador destacou que é sempre “respeitoso” em sua relação com as mulheres e que nunca faz uma abordagem se não apreciar uma clara “predisposição” para manter um relacionamento íntimo.

O brasileiro detalhou, acrescenta sua defesa, que ao verificar que havia “química” entre os dois, propôs à queixosa continuar a intimidade em um local mais privado, concretamente o banheiro privativo, por onde entraram e saíram separadamente.

As relações sexuais que tiveram no banheiro, destacou, foram livres e voluntárias, sem que em nenhum momento a jovem lhe pedisse para interromper a relação.

No último dia 21 de fevereiro, o Tribunal de Barcelona concordou em manter Daniel Alves em prisão preventiva, avaliando um “alto” risco de fuga e considerando que as provas que o acusam são “severas” e “diversas”.

*EFE

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