Brasil perde para França na Copa e mantém tabu histórico
Classificação, no entanto, ainda não está perdida
Pleno.News - 29/07/2023 12h12 | atualizado em 31/07/2023 18h54

A quebra do tabu vai ter de esperar. Vítima do jogo aéreo europeu, o Brasil perdeu para a França por 2 a 1 na Copa do Mundo Feminina de 2023 e manteve o histórico de jamais ter conseguido vencer a seleção francesa na história do confronto. O jogo, válido pelo Grupo F, ocorreu no Estádio de Brisbane, na Austrália.
Com gols de cabeça Le Sommer e Renard, duas das mais importantes jogadoras francesas de todos os tempos, o time de Pia Sundhage sofreu com falhas defensivas. Debinha, na segunda etapa, até chegou a empatar o jogo, mas a capitã francesa garantiu a vitória para sua equipe.
A classificação, no entanto, ainda não está perdida. A Seleção Brasileira enfrenta a Jamaica na última rodada da fase de grupos com chances de seguir adiante no torneio.
O jogo começou com a França no ataque. Com um futebol bem organizado, as francesas trocavam passes no campo brasileiro e, quando perdiam a bola, pressionavam a Seleção canarinha em busca de um erro defensivo. Com a marcação forte das rivais, o Brasil encontrou dificuldade para manter a bola nos pés e errou muitos passes no começo da primeira etapa.
Aos 12 minutos, após ótima jogada individual de Le Sommer na entrada da área, a atacante francesa recebeu uma bola açucarada de Dali e a cabeceou com destino certo ao gol. A goleira Lelê tinha outros planos e fez ótima defesa, salvando a meta brasileira.
Poucos minutos depois, no entanto, outra cabeçada de Le Sommer abriu o placar. Com o controle da partida, a França subiu ao ataque pelo lado esquerdo com a lateral Karchaoui. Ela cruzou a bola para a área, Diani cabeceou para o meio e coube a Le Sommer, maior artilheira da história da seleção francesa, cabecear a bola e fazer o primeiro gol da partida aos 16 minutos
Após o baque, o Brasil se jogou ao ataque e criou bons lances. Geyse roubou a bola no campo francês, passou para Debinha que rolou para a chegada de Adriana. A meio-campista, sozinha na marca do pênalti, acabou exagerando na força e o chute passou rente a trave, mas para fora do gol. Poucos minutos depois, Adriana iniciou um novo ataque.
A meia tentou driblar a defesa francesa, mas acabou perdendo a bola. Debinha recuperou o lance e partiu para dentro da área, mas foi travada e viu a goleira Peyraud-Magnin ficar com a bola.
O terceiro ataque veio mais uma vez dos pés de Adriana. Ela avançou, sozinha, pelo meio de campo francês e só foi parada próxima a área após a francesa Toletti cometer uma falta e receber um amarelo. Debinha, no entanto, cobrou a falta nas mãos da goleira francesa. O Brasil perdia a batalha no meio de campo e, sem espaço, sofria com a forte marcação francesa.
A França criou uma ótima chance após passe errado de Debinha. As europeias roubaram a bola no campo brasileiro e Geyoro recebe uma bola sozinha na área, cara a cara com Lelê. A goleira faz ótima defesa e evitou o gol, mas o lance estava impedido e acabou não valendo. O restante da primeira etapa foi marcado por lances de pouco perigo de ambas as equipes. O Brasil continuava nervoso com a bola e, sem ela, afobado para recuperar a posse.
O começo do segundo tempo viu uma Seleção Brasileira ainda muito nervosa, errando passes e jogando de maneira afobada. O time comandado por Pia Sundhage até conseguia recuperar a posse, mas acabava se desesperando e perdendo o controle do jogo logo em seguida.
O Brasil, no entanto, colocou a bola no chão e, após boa jogada de Geyse, construiu uma jogada na área da França. Com passe de Kerolin, Debinha recebeu uma bola na pequena área e chapou, sem chance para a goleira. A seleção, enfim, respirava aliviada.
Pia, que optou por não mexer no time no intervalo, logo percebeu que precisaria mudar. Do banco, chamou a meia Andressa Alves para o lugar de Geyse. A ideia era reforçar o meio de campo, setor em que o Brasil estava sendo dominado pela França. Respondendo a alteração brasileira, o técnico Hervé Renard trocou uma atacante por outra. Saiu a carrasca brasileira Le Sommer e entrou Becho, uma jovem promessa francesa.
Com gol, o Brasil voltou ao jogo. Se a marcação europeia era imbatível no primeiro tempo, as jogadoras francesas começaram a sentir o cansaço na segunda etapa. Mais ligado no jogo, a equipe de Pia Sundhage passou a explorar a velocidade de suas jogadoras e apostar no contra-ataque. Em ótima chance, Debinha avançou por boa parte do campo rival, mas acabou não enxergando Adriana aberta ao seu lado e foi travada pela defesa europeia.
Na segunda etapa, o jogo se manteve aberto. França e Brasil trocavam ataques e, pela primeira vez na partida, a Seleção Brasileira era superior. Buscando manter o momento positivo, a treinadora sueca mudou mais uma vez. A atacante Bia Zaneratto entrou no lugar de Adriana, que era um dos destaques do time até então.
O bom momento brasileiro foi por água abaixo após um escanteio francês. Em mais uma falha da marcação do Brasil, a zagueira Renard se viu livre e cabeceou para dentro do gol, não dando nenhuma chance para Lelê defender.
Indo para o tudo ou nada, Pia fez três alterações. Mônica entrou no lugar de Antônia, Ana Vitória na vaga de Ary Borges e, para delírio da torcida, Debinha deu lugar a Marta. Mais uma vez, o técnico Renard respondeu as alterações e trocou a volante Dali, que estava amarelada, por Le Garrec.
As mudanças, no entanto, pouco efeito tiveram no jogo. Com sete minutos de acréscimo, a França se manteve no ataque e gastou todo o tempo possível tocando a bola para lá e para cá.
O Brasil volta a campo na próxima quarta-feira (2), também às 7h, para o decisivo jogo contra a Jamaica. A Seleção Brasileira permanece com três pontos, enquanto a França chega a quatro e assume a liderança do grupo.
BRASIL – Lelê; Antonia , Lauren, Rafaelle e Tamires; Luana Bertolucci , Ary Borges, Adriana (Bia Zaneratto) e Kerolin; Debinha e Geyse (Andressa Alves).
Técnica: Pia Sundhage.
FRANÇA – Peyraud-Magnin; Lakrar, Renard, Perisset e Karchaoui; Toletti, Geyoro e Dali; Diani, Le Sommer (Becho) e Bacha.
Técnico: Hervé Renard.
Árbitro – Kate Jacewicz (AUS).
Gols – Le Sommer, Debinha e Renard.
Cartão Amarelo – Dali, Toletti, Karchaoui, Luana.
Público – Não divulgado.
*AE
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