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Autópsia no corpo de Maradona aumenta indícios de erro médico

Ex-atleta estava tomando remédios psicofármacos que produzem arritmia, mesmo tendo problemas cardíacos

Pleno.News - 23/12/2020 09h43 | atualizado em 23/12/2020 10h27

Diego Maradona Foto: EFE/Mario Arturo Martínez

O relatório da autópsia feita no corpo de Diego Maradona apontou a presença de substâncias encontradas em medicamentos psicofármacos, usados contra ansiedade e depressão. Os exames, que começaram no dia 2, uma semana após sua morte, não registraram o uso de drogas ilegais ou álcool; então, concluíram que o astro argentino morreu por causa de um “edema agudo de pulmão secundário à insuficiência cardíaca crônica exacerbada” e também descobriram uma “cardiomiopatia dilatada” em seu coração.

Como divulgado em investigações preliminares, o coração de Maradona pesava 503 gramas, o dobro do normal. Com isso, ficam ainda maiores as evidências de que ocorreram negligências no tratamento prescrito pelos médicos que tratavam do ídolo argentino.

– É tão importante o que apareceu com o que não surgiu nessas análises de laboratório. À primeira vista, confirmam que davam psicofármacos para Maradona, mas nenhum medicamento para combater sua cardiopatia – declarou à agência Télam um dos responsáveis pela autópsia.

Outro ponto que coloca o trabalho médico em dívida, segundo o investigador, é o fato de Maradona tomar remédios psicofármacos que produzem arritmia, o que não é recomendável para um paciente que tinha problemas cardíacos, como era o caso do capitão da seleção argentina nas copas de 1986, 1990 e 1994.

Com estes resultados, espera-se que Laura Capra, Come Iribarren e Patricio Ferrari, os promotores responsáveis pela investigação, convoquem uma junta médica para saber se houve erro no tratamento de Maradona e se a morte dele poderia ter sido evitada.

O responsável pelo tratamento foi o neurocirurgião Leopoldo Luque, de 39 anos, médico particular de Maradona desde 2016. Foi ele quem fez uma drenagem no cérebro do lendário jogador, em novembro. Acusado formalmente pelo Ministério Público, Luque, que se eximiu de culpa, teve celulares e computadores apreendidos para a investigação.

Outro detalhe informado pelo canal de TV argentino LaSexta é que “não foi uma morte súbita, mas sim uma grande agonia que durou entre seis e oito horas”. Gianinna, uma das filhas de Maradona, reagiu após os resultados dos exames feitos no corpo de seu pai.

– Todos os ******* esperando que a autópsia do meu pai tenha drogas, maconha e álcool. Não sou médica, mas ele parecia muito inchado. A voz robótica. Não era sua voz. Estava acontecendo, e eu era a louca insana – desabafou ela.

*Estadão

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