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Jade Nunes - 08/07/2019 08h06 | atualizado em 08/07/2019 08h33

Tite criticou arbitragem Foto: EFE/Fernando Bizerra

Apesar da festa pelo título da Copa América, o primeiro à frente da Seleção Brasileira, o técnico Tite criticou a atuação da equipe de arbitragem comandada pelo chileno Roberto Tobar na vitória sobre o Peru por 3 a 1, neste domingo (7), no Maracanã. Ele ainda disse que Messi precisa demonstrar mais “respeito”.

– Aquele que eu apontei como jogador extraordinário (Messi), extraterrestre, tem que ter um pouco mais de respeito e precisa aceitar quando é vencido. Fomos prejudicados em uma série de jogos, inclusive na Copa do Mundo. Ele botou muita pressão pela grandeza que tem. Jogamos limpo contra a Argentina o tempo todo. Quero entender isso como momento, ele foi expulso de forma injusta. Tivemos que passar por cima da arbitragem hoje, não houve pênalti do Thiago Silva – declarou Tite em entrevista coletiva no Maracanã.

– Não falo isso com satisfação, mas o árbitro atuou pressionado e demonstrou grande falta de critério. Deu um pênalti que não foi pênalti, e houve a expulsão, que foi um problema, mas passamos por cima disso. Tivemos que jogar com um a menos, depois houve risco de levar empate e ir para a prorrogação, mas passamos por cima disso e pela qualidade do Peru – completou o treinador.

Tite era praticamente uma unanimidade desde que chegou ao cargo, em agosto de 2016, até a Copa do Mundo do ano passado, em que o Brasil perdeu para a Bélgica por 2 a 1 nas quartas de final. Depois disso, passou a receber críticas por parte da imprensa e da torcida, mas acredita que não há conflito com essas pessoas.

– Eu não encaro crítica como algo de alguém que está contra mim, ela faz parte de processo democrático de uma busca por crescimento. A divergência de opinião, de ideias no futebol faz bem. Tem um monte de forma de jogar bem e de conceituar o que é jogar bem. O que eu gosto é que somos fiéis a uma proposta de futebol que tem uma busca por resultados sem abrir mão de criação, e que esse processo criativo se traduza em gols, e de consistência – comentou.

A final deste domingo foi o primeiro jogo do técnico à frente da Seleção no Maracanã. Em tom de brincadeira, ele admitiu que isso era uma brecha em seu histórico na equipe pentacampeã mundial.

– Eu me tornei técnico da Seleção hoje, dirigindo no Maracanã, pelo simbolismo do templo. Era inimaginável, e não tenho adjetivo para traduzir esta felicidade. A gente fica tão envolvido. Sabe quando vou ficar alegre? Amanhã quando estiver relaxado e colocar o jogo para assistir. Para muitos, é entretenimento, mas para mim é trabalho – afirmou.

Tite frisou que ainda vê margem para evolução da Seleção e citou alguns jogadores que podem ganhar espaço no elenco pensando nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, e no Mundial em si.

– Não é porque se perde que precisa trocar tudo e não é porque se ganha que está tudo certo. Há uma margem de crescimento, e eu abordei o aspecto tático. Tem uma possibilidade de um meio-campo com quatro homens, e tem atletas surgindo ou se afirmando. Eu cito o Vinícius Júnior, é um exemplo clássico. E o Paquetá, por exemplo, é um atleta que veio, mas está em processo de evolução, de crescimento e de afirmação – declarou Tite.

– As etapas da construção de uma equipe de trabalho se modificam. Tivemos dificuldade para convocar os 23, fomos acompanhar o Renato (Augusto) ele ficou fora, tem o Danilo na lateral direita. Nosso trabalho é acompanhar. Quem diria que o Everton jogaria a final e seria eleito o melhor em campo? Poderia estar aqui o Heverton, goleiro do Palmeiras, Dudu (Palmeiras), Fabinho (Liverpool)… O Willian chegou depois, o Douglas Costa se machucou. Poderia estar o Marcelo (Real Madrid) – acrescentou.

O treinador também se lembrou de Neymar, que vinha sendo a referência técnica da equipe, mas se machucou no penúltimo amistoso de preparação para a Copa América, contra o Catar. Tite destacou que o camisa 10 continua com espaço, mesmo após a conquista do título sem sua participação.

– O Neymar é top 3, é extraordinário, mas um trabalho de equipe é importante. Eu já tinha dado o exemplo de 62, quando o Brasil foi campeão depois que o Pelé se machucou. Portugal venceu a Eurocopa em uma final em que Cristiano Ronaldo se machucou no primeiro tempo. Isso só fortalece o grupo – analisou Tite.

*Com informações da Agência EFE

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