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Vini Rodrigues fala sobre o sucesso do pr. Jacinto Manto

"Nunca imaginei que o canal ia tomar essa proporção"

Natalia Lopes - 05/12/2017 10h20

Vini Rodrigues tem 28 anos, é cristão desde 2008 e congrega na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em São Paulo. Pelo nome pode ser difícil de saber, mas ele é o intérprete do pastor Jacinto Manto, do canal Tô Solto. O canal tem dois anos e mais de 1,2 milhão de inscritos. O vídeo mais popular, Namorada Ciumanto, passou dos 4 milhões de visualizações. O sucesso, inclusive, o levou a ser entrevistado no programa Conversa com Bial. O Pleno.News conversou com ele para saber um pouco mais do trabalho, que foi além da plataforma de vídeos.

Como foi o início?
Eu me converti em 2008, até então minha vida era toda torta. Na Igreja, eu comecei a me desenvolver ministerialmente, fui líder de jovens, de projetos de evangelismo. Mas devido a uma frustração emocional eu fiquei em depressão. Nesse período, para distrair a mente, eu criei uma página no Instagram: Me Solta Gospel e comecei a trabalhar com o humor cristão. Eu sempre fui bem descontraído e muito brincalhão. A página cresceu e eu migrei para o YouTube. Nunca imaginei que ia tomar essa proporção.

E como ficou a sua depressão?
Deus acabou abençoando e curou 100% a minha depressão.

O canal teve algum boom?
Sim. Em fevereiro de 2016, o vídeo Crente Pentecostal Pedindo Pizza caiu no Facebook e explodiu. Até então o meu canal tinha 4 mil inscritos e eu já estava feliz, me sentindo “o youtuber”. Esse vídeo tinha 7 mil visualizações e no Facebook bateu 3 milhões, isso fez o canal crescer junto.

A fórmula sempre foi a mesma?
Sempre a mesma, vídeos simples. Toda vez que eu tentei melhorar, subir o nível de qualidade, eu não achei que foi legal. A minha pegada, que a galera gosta, são vídeos amadores. A qualidade não muito refinada e os roteiros que eu mesmo faço. Sou eu também que edito a maioria e capto as imagens.

Como está a sua agenda?
Bem cheia. É uma média de 20 a 25 apresentações por mês. Aos domingos eu fechei a agenda para descansar e congregar na minha igreja.

Como você tem as ideias?
Eu tento criar situações e sempre gostei de fazer vídeos de relacionamento. Pra mim, isso é o que mais bomba na Internet, o namorado vai mandar para a namorada e viraliza. Além de ser engraçado, existe uma identificação. Eu tento criar um vídeo compartilhável, que a pessoa vai assistir e mandar para alguém, seja por ser muito ruim ou muito bom.

Você também faz paródias, como funciona?
Eu gosto muito de fazer paródias. Vejo uma música do momento e coloco o meu contexto em cima. A mais visualizada foi Gira no Manto, inspirada em Deu Onda. Mas sempre dá briga. Nessa, por exemplo, eu misturei música secular com funk e movimentos pentecostais. Foi o vídeo mais visualizado, mas a galera não gosta. É um dos vídeos com mais aprovação e mais desaprovação.

Existem muitas pessoas que criticam o humor cristão, como você encara?
No começo eu recebia mais críticas. As pessoas não entendiam qual era a minha proposta e não sabiam quem estava fazendo; se era um desviado, que aprendeu as coisas na Igreja e começou a brincar; se era um cara com desejo de ofender e manchar o Evangelho. Eu recebia de forma negativa e respondia. Hoje, pastores sérios como Silas Malafaia, Jocymar Fonseca e Josué Gonçalves me dão abertura em suas igrejas e isso faz com que as pessoas entendam que não é só brincadeira. Tem a ministração da Palavra e vidas sendo alcançadas. Atualmente eu não rebato, entendo que estamos no mesmo time do Reino de Deus.

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