Paulo Moura - 09/02/2021 14h37 | atualizado em 09/02/2021 15h27

Febre no início da última década, a TV paga no Brasil tem sofrido uma verdadeira debandada de assinantes nos últimos anos. Apenas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020, as operadoras perderam 2,6 milhões de clientes, índice mais baixo desde julho de 2012 e que marca uma das piores crises do setor em toda a história de existência no país.

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a TV por assinatura no Brasil fechou 2020 com 14.856.453 contratos ativos. Em comparação com os números de dois anos antes, a queda foi de 2.658.023 clientes. Isso equivale a 151 assinantes a menos por hora, 2,5 a cada minuto.

Para efeito de comparação, a quantidade de pessoas que decidiram abrir mão da TV paga nesses dois últimos anos é similar a todos os atuais contratos das regiões Nordeste (2.014.101) e Norte (665.445) somados. O alento para as operadoras é que, em ano de pandemia, a queda desacelerou. Em 2020, 827 mil assinantes romperam seus acordos contra 1,8 milhão de clientes que haviam cancelado sua TV paga em 2019.

Segundo a Anatel, 2020 também registrou um feito raro: em julho do ano passado, houve um aumento (discreto, é verdade) no número de assinantes em relação ao mês anterior (de 15.078.395 para 15.194.332). Um acréscimo nesse índice não era visto desde junho de 2018 e tem se tornado menos frequente desde setembro de 2016, quando o número de assinantes chegou ao ápice de 19 milhões no país.

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