Shows e eventos são alterados por causa do coronavírus
Indústria do cinema amarga prejuízo por causa da pandemia
Rafael Ramos - 16/03/2020 16h47

Por conta da pandemia do coronavírus, várias casas de shows, teatros e cinemas suspenderam suas programações a fim de evitar aglomerações e assim aumentar o riscos de contágio da doença. Na última semana, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, suspendeu todos os eventos públicos, como manifestações e eventos esportivos, e a antecipação das férias escolares nas redes pública e privada.
– Estou determinando, pelo prazo de 15 dias, que a realização de eventos e atividades serão suspensas, ainda que previamente autorizadas. A suspensão será para atividades que envolvam a aglomeração de pessoas, como eventos esportivos, shows, feiras, eventos científicos, comícios e passeatas em local aberto ou fechado – destacou Witzel.
Um dos eventos cancelados no estado foi a gravação do DVD do cantor Davi Sacer, que aconteceria em abril, no Teatro XP Investimentos, no Leblon, na Zona Sul carioca. Nesta segunda (16), ele informou que a data foi adiada por causa da Covid-19.
– Diante do momento que o planeta está vivendo e entendendo nossa responsabilidade social, decidimos em conjunto com nossa gravadora e equipe, adiar a gravação do DVD. Esperaremos o andamento da situação para anunciarmos uma nova data. Estejam conosco em oração pelo Brasil e pelo mundo e tomem os cuidados necessários com sua saúde. Deus abençoe e proteja a todos nós! – disse Davi.

Em São Paulo, o Espaço das Américas adiou uma série de shows que aconteceriam nos meses de março e abril para junho, julho e agosto. Dentre esses shows estavam apresentações de Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo, Chitãozinho e Xororó e Wesley Safadão. A pandemia também fez o famoso festival Lollapalooza Brasil ter sua data alterada de 3, 4 e 5 de abril, no Autódromo de Interlagos, para 4, 5 e 6 de dezembro. O mesmo acontecerá com as edições na Argentina e no Chile.
Além do Lollapalooza, os festivais Coachella e Tomorrowland, que acontecem tradicionalmente na Califórnia (EUA) e na França, respectivamente, também foram adiados. O coronavírus levou artistas como Madonna, Miley Cyrus, Maroon 5, Alok, Billie Eilish, Backstreet Boys, Il Divo, McFly, Roberto Carlos e Pearl Jam a adiarem ou cancelarem seus shows.
CINEMA TAMBÉM SOFRE COM MUDANÇAS

A indústria do cinema também está precisando contornar uma série de situações devido à pandeia global. Estima-se que Hollywood tenha um rombo de US$ 5 bilhões, o equivalente a R$ 22,9 bilhões. Principalmente pelo fechamento dos mais de 70 mil cinemas na China, que corresponde a 20% das bilheterias mundiais.
Algumas estreias, como 007 – Sem Tempo Para Morrer, Um Lugar Silencioso – Parte 2, Mulan, Novos Mutantes e Velozes e Furiosos, foram adiadas. Além disso, mais de 70 séries tiveram suas gravações suspensas, como Grey’s Anatomy, The Flash e Riverdale.

Eventos importantes também perigam ser cancelados como a San Diego Comic Con, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Até mesmo a indústria da moda está tendo que se reajustar como, por exemplo, o cancelamento da São Paulo Fashion Week, que aconteceria em abril.
Museus, como o do Louvre, na França, e do Prado, na Espanha, foram fechados. A Feira do Livro de Paris e a Bienal de Arquitetura de Veneza também foi obrigada a rever seu cronograma diante da doença que já contaminou quase 180 mil pessoas ao redor do mundo e matou mais de 7 mil.
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