Terror: Nova série da Globo terá bruxas e criança possuída
Trama tem previsão de estreia para o próximo ano
Ana Luiza Menezes - 21/10/2019 21h14 | atualizado em 22/10/2019 00h15

Em sua primeira série de terror, Desalma, o Grupo Globo mostrará bruxas, criança possuída e até uma floresta sombria. Em algumas cenas será mostrado o Ivana Kupala, ritual que celebra o solstício de verão em alguns países eslavos.
A trama tem estreia prevista para o ano que vem e será exibida no Globoplay. De acordo com a história, durante o ritual a jovem Halyna (Anna Melo) desaparecerá, para desespero de sua mãe, Haia (Cássia Kis, que vive uma bruxa com longos cabelos brancos), e trauma da fictícia cidade de Brígida, fundada por imigrantes ucranianos no sul do país.
A escritora Ana Paula Maia, vencedora do Prêmio São Paulo pelo romance Assim na Terra como Embaixo da Terra, e roteirista de primeira viagem, contou que a inspiração para a história veio quando ela se mudou do Rio de Janeiro para Curitiba, há quatro anos. Por lá, são visíveis os traços da cultura ucraniana –o Paraná abriga cerca de 80% da população de descendente desses imigrantes, e na cidade de Mallet, a três horas de Curitiba, até mesmo o Ivana Kupala é celebrado.
– Queria falar de bruxa, e não dá para falar de bruxa sem mulheres – contou.
Esta é a primeira investida da Globo em uma narrativa do tipo, embora o diretor artístico Carlos Manga Jr. prefira o rótulo de “drama sobrenatural”.
– Tudo começa com um drama humano, que é a não aceitação da perda. É através dessa dor que o sobrenatural se faz presente – justificou.
Manga Jr. disse que a aposta é uma forma de fazer frente a produções internacionais dos outros serviços de assinatura.
– Muitas séries de Netflix, HBO, Amazon envolvem essa coisa humana misturada com a metafísica. E temos um público cada vez maior que consome séries de gênero.
Pelo teaser, Desalma deve duelar com a alemã Dark e com Castle Rock, inspirada nos contos de Stephen King. Da floresta de pinheiros que serve de locação para a série à criança demoníaca que encara a câmera, passando pela fotografia em tons azulados e a trilha sonora macabra, ali estão muitas das convenções de um gênero que também no cinema tem ganhado espaço no país, com obras como As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, e A Sombra do Pai, de Gabriela Amaral de Almeida.
A expectativa da emissora é alta. A série constava no catálogo prioritário que a Globo levou à Mipcon, principal evento do calendário televisivo internacional que se encerrou em Cannes, na França, na semana passada. E apesar de a estreia estar longe, Maia já escreve uma segunda temporada.
*Com informações da agência Folhapress/Clara Balbi
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