Millena teve tumor, 12 paradas cardíacas e morte cerebral
Atriz de 11 anos morreu nesta sexta-feira
Pleno.News - 03/05/2025 11h22 | atualizado em 06/05/2025 13h18

Morreu nesta sexta-feira (2), em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde estava internada.
Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.
Millena havia sofrido 12 paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de um tumor cerebral de cinco centímetros e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.
O QUE CONFIGURA MORTE ENCEFÁLICA
Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.
Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.
O QUE PODE CAUSAR MORTE ENCEFÁLICA
Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:
– Parada cardiorrespiratória;
– Acidente vascular cerebral (AVC);
– Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;
– Tumor cerebral;
– Traumas.
DECLARAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA
No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.
O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.
Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame – um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.
MORTE ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
A Lei dos Transplantes (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.
Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.
*AE
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