Paulo Moura - 09/10/2020 13h58

A ex-mulher de João Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, Mônica Marinho, é alvo de quatro processos movidos por sua ex-empregada doméstica, Maria Tânia da Silva Peixoto, por acusação de ter usado a ex-funcionária ilegalmente como laranja no quadro de sócios de quatro empresas envolvidas com sonegação fiscal.

A denúncia foi publicada pelo jornal O Dia nesta sexta-feira (9) e aponta que Maria Tânia teria sido contratada por Mônica no período de junho de 1998 a abril de 2000 exercendo a função de arrumadeira logo após a patroa se separar do herdeiro de Roberto Marinho.

Entretanto, em agosto de 2001 ela foi impedida de realizar o recadastramento de seu CPF junto a Receita Federal e, ao comparecer ao órgão e verificou que possuía uma restrição por sonegação fiscal em empresas nas quais ela constava como sócia.

Tânia, porém, diz jamais ter aberto qualquer empresa em seu nome. Após pesquisa no Registro Civil de Pessoa Jurídica, a ex-funcionária constatou que era sócia majoritária de diversas empresas, nas quais foi incluída por Mônica Marinho no contrato social sem que ela soubesse.

Segundo a publicação, a defesa de Tânia alega que, enquanto trabalhou para família Marinho, foi obrigada a assinar papéis em branco e fornecer cópias de seus documentos pessoais, por pressão da governanta, sob ameaças de que seria demitida, caso desobedecesse.

Em 2002, em outras ações movidas pela ex-funcionária a Justiça concedeu sentença condenando Mônica ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil e impôs a anulação das cessões das cotas sociais pertinentes às empresas. Porém, nas novas ações abertas neste ano, Tânia afirma que seu nome ainda consta no quadro de sócios das empresas.

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