Gabriela Doria - 03/09/2019 17h11 | atualizado em 03/09/2019 17h14

Em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (2), o irmão do apresentador Luciano Huck, Fernando Grostein, pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro alegando que a eleição não foi legítima e que as fake news mudaram o curso da votação.

– A utilização de fake news para influenciar as eleições de forma criminosa foi fartamente documentada, seja pelas matérias desta Folha, ou nos nossos grupos de WhatsApp. A mais patética delas falava que o candidato Fernando Haddad iria distribuir mamadeira em forma de pênis – afirma o rapaz.

Fernando também ataca o ministro da Justiça Sergio Moro, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ainda era juiz federal responsável pela Operação Lava Jato.

– Outro fato que escancara a falta de legitimidade é o fato do ministro Moro, enquanto juiz, ter afastado o candidato favorito nas pesquisas, Lula, num julgamento fraudulento, em que foi fartamente comprovado que o juiz agiu em conluio com a acusação – aponta Fernando.

E, apesar de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a facada que levou não foi determinante para sua vitória, o irmão de Huck discorda e traça possíveis cenários para as eleições de 2018.

– Se ela [facada] não tivesse acontecido ou tivesse acontecido meses para lá ou para cá, o resultado da eleição seria o mesmo? Claro que não. E isso vale para o Haddad e Alckmin, caso eles tivessem tomado a facada – opina Fernando.

Embora negue o título de “petralha”, o irmão de Huck acusa o atual governo de implantar um “golpe” na democracia brasileira.

– É preciso clareza para enxergar o que está acontecendo: um golpe de Estado de cunho religioso e fundamentalista, disfarçado de discurso macartista e moralista. Está na hora da sociedade discutir de forma aberta e clara, a possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro – ressalta o rapaz.

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