Emissoras sobrevivem por causa de programas religiosos
Segundo colunista, Record, Rede TV! e Band conseguem pagar contas por venderem horários na grade
Emerson Rocha - 09/01/2018 14h19
De acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, no Portal Uol, algumas emissoras abertas de TV no Brasil dependem muito da venda de horários em suas programações para pagar as contas. Quem mais adquire esses espaços são igrejas, empresas e produtoras.
Os casos de mais destaque são Record, Rede TV! e Band. Além dessas, a Gazeta, em São Paulo, também precisa do dinheiro de programas de terceiros.
Segundo o jornalista, cerca de 30% do faturamento total da Record vem da Igreja Universal. A receita anual da emissora é de cerca de R$ 1,8 bilhão. Na Rede TV!, a porcentagem em venda da programação chega a 35%. Já o Grupo Band, que arrecada R$ 500 milhões por ano, tem um terço de seus rendimentos oriundos de instituições religiosas, inclusive o arrendamento da concessão do canal 21 para a Igreja Universal.
Ricardo Feltrin ainda informa que os diretores das TVs e afiliadas garantem que sem a venda de horário, as contas não fechariam. Alguns empresários acreditam até em encerramento dos trabalhos, sem essas entradas.
As exceções são SBT e Globo. A emissora de Silvio Santos, por exemplo, se recusa a comercializar espaço em sua programação para igrejas. Mas há afiliadas dessas duas TVs que sobrevivem também de espaços cedidos a programas evangélicos e propagandas religiosas.
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