Ana Luiza Menezes - 12/04/2019 21h59

Em entrevista à revista Quem, Fábio Porchat avaliou o papel dos humoristas e afirmou que deve haver limites nos discursos. Ele defende o chamado “politicamente correto” no humor.

– Você pode fazer todo tipo de piada, vai do bom senso. Você não pode incitar o ódio, a violência, inventar uma coisa sobre outra pessoa. Esses são os ‘limites’ e ainda estamos aprendendo a lidar com eles – disse.

O ator, também conhecido por suas atuações no canal Portas dos Fundos, do YouTube, acredita ainda que é preciso se manter alerta quanto ao que será dito. Piadas já consideradas ultrapassadas também não devem ser usadas.

– Se você assiste um negócio de dez anos atrás, é mais difícil dar risada. Temos que ver como o mundo está caminhando e como poder brincar com isso, sem ofender ninguém. As pessoas falam: ‘Ah, mas eu não posso mais contar piada de gordo?’. Claro que pode, mas não do jeito que se fazia há 20 anos. Você não pode mais diminuir e humilhar as pessoas. Não pode fazer o gay virar chacota por ele ser gay – afirmou.

Na quinta-feira (11), os dois colegas chegaram a trocar farpas após um discurso direto de Porchat sobre as acusações contra Gentili. Para ele, o que Danilo disse sobre a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) foi “agressivo, desrespeitoso, infantil, sem graça, desnecessário, equivocado”, entre outras definições. Entretanto, Fábio julgou como exagerado o risco de prisão do colega.

– Acho que quando se parte pra ignorância, corre-se o risco de perder a razão. Ou, no mínimo, aliados. Ela está no direito dela, se sentiu ofendida. E foi. Apesar de achar as suas palavras à ela péssimas, acho que você tem o direito de dizê-las, e ser condenado à prisão é um exagero – declarou.

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