Defesa de Tatá Werneck acionará a Justiça após quebra de sigilo
Advogados da atriz sustentam que ela não poderia saber que empresa para a qual fez propaganda se envolveria em fraude
Paulo Moura - 24/08/2023 10h02 | atualizado em 24/08/2023 11h07
A defesa da atriz Tatá Werneck anunciou que tomará todas as “medidas judiciais cabíveis” após a decisão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras que, nesta quarta-feira (23), aprovou um requerimento para quebrar o sigilo bancário dela, do ator Cauã Reymond e do apresentador Marcelo Tas.
Os três foram incluídos em um requerimento de quebra de sigilo, apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), por terem feito propaganda em 2018 e em 2019 para a empresa de criptomoedas Atlas Quantum, suspeita de lesar cerca de 200 mil investidores, numa pirâmide financeira estimada em R$ 7 bilhões.
Em nota, os advogados Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman, que representam a atriz, afirmam que a artista não cometeu crime algum. Além disso, a defesa sustenta que a campanha publicitária da qual ela participou aconteceu há cinco anos, quando, segundo os representantes de Werneck, “nada havia que desabonasse” a Atlas Quantum.
– Ela jamais foi sócia, investidora ou participou dos lucros da empresa, motivo pelo qual considera a quebra de sigilo absurda e totalmente descabida para o que se pretende investigar na CPI – declararam os advogados.
Além disso, a defesa da atriz também alegou que, “como artista, ela não poderia jamais prever que a empresa se envolveria em fraudes anos depois”.
– Admitir que os artistas sejam responsabilizados por possíveis erros futuros de empresas para as quais tenham feito propaganda – e que sequer continuam contratados – significaria o fim da publicidade no Brasil – apontaram os advogados.
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