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Globocop de nível inferior faz repórteres terem medo de voar

Emissora trocou modelo de aeronave por equipamento menos potente e que transporta menos passageiros

Paulo Moura - 11/01/2021 13h32 | atualizado em 11/01/2021 16h41

Novo helicóptero que será usado pela Globo Foto: Reprodução

O corte de gastos da Globo, em seu processo de reformulação financeira, agora chegou aos ares. Em uma decisão que deixou repórteres insatisfeitos, a emissora decidiu trocar os modelos do Globocop, helicóptero que sobrevoa as principais cidades do país durante os telejornais locais. Entretanto, ao menos três experientes profissionais não gostaram da mudança.

Segundo o portal Notícias da TV, os repórteres Walace Lara, César Galvão e Janaina Lepri solicitaram para não serem escalados no novo Globocop no início deste mês e foram atendidos. A publicação informou que a própria chefia de São Paulo não ficou satisfeita com a mudança dos helicópteros, mas teve de acatar.

Com a alteração, o antigo Esquilo AS350 B2 foi substituído por um Robinson R44, uma aeronave menor no tamanho e também nos gastos com combustível e manutenção, em mudança que foi efetivada logo no primeiro dia do ano. Segundo relatos de profissionais da emissora, os repórteres que são escalados para voar ficam muito preocupados.

Helicóptero anterior usado pela Globo era mais robusto Foto: Reprodução/Casal Spotter

Um dos relatos feitos por colaboradores foi o de que, na primeira semana de uso, uma equipe de reportagem passou por um momento tenso ao tentar levantar voo a partir do solo, no pátio da emissora em São Paulo. O relato foi o de que a aeronave não conseguia subir e era puxada para baixo durante o processo para decolar.

Um especialista em aviação ouvido pelo Notícias da TV afirmou que a aeronave utilizada anteriormente pela emissora era mais robusta, potente e que, por isso, conseguia desempenhar melhor o papel de carregar os equipamentos e os profissionais que atuavam dentro dele.

– O Esquilo é uma aeronave maior, mais potente. Não por acaso ela é utilizada pela polícia como helicóptero Águia. A vantagem do helicóptero R44 é o custo, já que é uma aeronave mais barata em relação ao Esquilo, com um gasto de manutenção mais em conta – disse Victor Di Pietro, especialista em helicópteros e funcionário de uma empresa que realiza passeios aéreos em São Paulo.

A mudança foi motivada pelo término do contrato da Globo com a Helisul, empresa que prestava serviços de helicóptero à emissora, encerrado no dia 31 de dezembro e não renovado. Toda a equipe de pilotagem que trabalhou no Globocop nos últimos dez anos foi substituída. O Robinson 44 pode ser comandado por pilotos menos experientes e, por consequência, mais baratos.

– O tamanho da aeronave é a diferença mais notável. O Esquilo é uma aeronave muito grande, tem capacidade para cinco passageiros e um piloto, enquanto o Robinson 44 tem capacidade para três passageiros e um piloto – destacou Victor.

Em nota, a Globo afirmou que “não comenta a relação com fornecedores, mas todos os procedimentos de segurança são seguidos. Nenhum evento anormal aconteceu”.

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