Cartolouco dispara: “Tem gente na Globo que tem medo do povo”
Ex-global disse que há pessoas elitistas nos bastidores da emissora
Gabriela Doria - 21/10/2020 19h38 | atualizado em 21/10/2020 19h39
O jornalista esportivo Lucas Strabko, também conhecido como Cartolouco, disparou críticas ferrenhas aos bastidores da TV Globo, de onde foi demitido em abril deste ano. Ele afirmou que a emissora “é muito coxinha” e “tem medo do povo”.
– A Globo é muito ‘coxinha’, de seguir um padrão, ter que fazer tudo no jeito deles. Eu pensei que se eu não fizesse algo diferente ali, eu nunca teria destaque. Comecei a ‘meter o louco’ ali e fui mandado embora. Mas foi legal. É sempre tudo parecido com os jogadores, as mesmas perguntas. Eu queria aproximar o jogador com o público. E deu certo. As matérias davam muita audiência. Tem gente na Globo que tem medo do povo, parece. Não se misturam com arquibancada, com organizada – disse o agora ex-A Fazenda 12 à rádio Jovem Pan.
Cartolouco também lembrou os episódios controversos que, ele acredita, culminaram em sua demissão. Entre eles, o jornalista lembrou da “guerra de álcool em gel” durante a exibição ao vivo do Redação SporTV.
– A guerra de álcool em gel ajudou a ser demitido. Isso aí viralizou. Eu pensei: ‘ninguém vê Redação SporTV, vou fazer a guerra de álcool em gel aqui’. Foram dez segundos. E viralizou. Foi muito legal. E antes da pandemia ainda. Também teve a vez que eu chamei o Fortaleza de ‘pequenininho’. Quase fui mandado embora. Cheguei a ser ameaçado de morte pela torcida. A torcida do Ceará me ama. Mas a do Fortaleza me odeia. Não posso pisar no Beach Park. Ao vivo, eu virei o símbolo do Fluminense de ponta cabeça e falei que só ia desvirar se pagasse a Série B. Tomava bronca por todas essas coisas – destacou.
O ex-global também não poupou críticas ao jogador Robinho, que recentemente teve áudios divulgados que o levaram à condenação pelo crime de estupro coletivo na Itália. Robinho acusou a Globo de perseguição e disse que se trata de uma emissora “do demônio”.
– O Robinho foi condenado na Itália. As pessoas públicas têm que servir de exemplo para as outras. Não pode voltar para o Santos como ídolo, querido pela torcida. Não acho que tem uma campanha de difamação contra ele. Hoje, ele só é milionário porque o futebol é transmitido pela Globo, porque tem muito patrocínio, porque o futebol rende muito dinheiro. O ônus da profissão é se tornar uma pessoa pública. E ele tem que saber disso. O Robinho se apropriou dessa história Bolsonaro x Globo para ver se o pessoal comprava a ideia dele, mas ele não tem nada a ver com isso – disparou.
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