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Cade apura possível cartel na venda de direitos de transmissão

Inquérito visa apurar uma suposta formação de cartel por empresas que venderam direitos de transmissão a emissoras como Globo, Band e ESPN

Paulo Moura - 07/02/2022 11h31 | atualizado em 07/02/2022 11h46

Partida da Copa América, um dos eventos negociados por grupo acusado de cartel Foto: EFE/Luis Tejido

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou, na última quinta-feira (3), um inquérito que visa apurar uma suposta formação de cartel por empresas que venderam os direitos de transmissão de diversos eventos esportivos entre os anos de 2008 e 2017. Entre os alvos, estão gigantes do marketing que já negociaram com emissoras como Globo, Band e ESPN.

De acordo com o site Notícias da TV, que obteve informações sobre a investigação, o Cade diz que o tal cartel conseguiu afetar especialmente “o mercado internacional de aquisição de direitos de mídia esportiva e outros direitos associados a eventos esportivos e de fornecimento de serviços relacionados de consultoria ou aconselhamento, com potenciais efeitos no Brasil”.

De acordo com o conselho, oito empresas (B4 Capital AS, Dentsu, European Broadcaster Union, Infront Sports, MP & Silva, U! Sports GmbH, Telefónica e IMG) são investigadas, e 37 pessoas, em sua maioria executivos dos escritórios, serão intimadas para dar explicações em até 30 dias úteis. A acusação é de licitações com direcionamento para um vencedor e de práticas anticoncorrenciais.

No intervalo de nove anos apurado pelo Cade, a Globo comprou a Copa América da Dentsu e o UFC da IMG; a ESPN fechou o Campeonato Italiano da IMG e o Francês da Infront; o Esporte Interativo adquiriu o Mundial de Handebol em 2011 e 2013 com intermédio da MP & Silva, mesma empresa da qual a Band comprou o torneio de Roland Garros.

O Cade indica que houve “prática de conduta anticompetitiva consistentes em coordenar preços e lances de torneios; dividir mercado, por meio de apresentação de propostas de cobertura, abstenções de competir e acordos anticompetitivos para apresentação conjunta de lances”. A investigação tem até 90 dias para ser concluída, mas pode ser ampliada por mais dois meses.

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