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Apresentador Gilberto Barros é condenado por homofobia

Apresentador deu declarações consideradas polêmicas em seu programa há dois anos

Monique Mello - 16/08/2022 17h00 | atualizado em 16/08/2022 17h57

Gilberto Barros Foto: Reprodução/YouTube

Nesta terça-feira (16), o apresentador Gilberto Barros, conhecido como Leão, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a dois anos de prisão pelo crime de homofobia. O apresentador gerou polêmica em setembro de 2020 quando disse, durante o programa Amigos do Leão, que agrediria homossexuais se os vissem se beijando.

Na época, o jornalista William De Lucca, militante da causa LGBTQIA+, denunciou o apresentador ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Em sua decisão, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira afirmou que houve uma “agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais especialmente diante do uso da palavra ‘nojo’ e que ele atingiu a comunidade LGBTQIA+”.

– A manifestação verbal do acusado ajusta-se à prática e indução da discriminação e preconceito em razão da orientação sexual, não havendo falar-se em liberdade de expressão na medida em que esta não abarca o discurso de ódio – escreveu a magistrada.

Durante o programa em 2020, que contou com a participação de Sonia Abrão, o apresentador recordou o tempo em que trabalhou na Rádio Globo, cuja sede ficava em frente a uma boate LGBT.

– Eu tinha que acordar às 2h30 e ainda presenciar, onde eu guardava o carro na garagem, beijo de língua de dois “bigodes”, porque tinha uma boate gay ali na frente. Não tenho nada contra, mas eu sou gente. Naquela época ainda, você imagina, chegando do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz – disse.

Gilberto Barros durante entrevista com Sonia Abrão Foto: Reprodução

De acordo com a juíza, Leão deverá prestar serviço à comunidade pelo tempo da pena (dois anos) e pagar cinco salários mínimos. Isto porque ele é réu primário e a pena é menor do que quatro anos.

A decisão, no entanto, não é definitiva, visto que o apresentador pode recorrer. Os advogados responsáveis pela defesa alegaram o sangue italiano do comunicador.

– Pelo seu sangue italiano, ele costuma falar muito, mas jamais teve a intenção de incitar a violência – disse a defesa.

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