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‘Não foi fácil bancar a entrada do gospel na TV’, diz Raulzinho

Ele trabalha há 35 anos com música e é o responsável pela direção do Programa Raul Gil

Natalia Lopes - 15/06/2018 10h45 | atualizado em 15/06/2018 12h09

Raul Gil Jr., filho do apresentador Raul Gil, tem um vasto conhecimento musical. Mais conhecido como Raulzinho, ele trabalha há 35 anos com música. É ele o responsável pela direção do Programa Raul Gil e também pela produção de diversos artistas em sua gravadora.

Em entrevista ao Pleno.News, Raulzinho falou sobre família, o pioneirismo em abrir às portas para a música gospel e lembrou episódios importantes em sua carreira. Aos 54 anos, ele é casado há 10 anos com a consultora de imagem Ana Carolina Philippi e pai das pequenas Ana Helena, de 8 anos, e Ana Clara de 2 anos.

Raulzinho com a esposa e as filhas Foto: Arquivo pessoal

Qual é a sua religião?
Sou católico e costumo ir todos os domingos à igreja com a minha mulher e as minhas filhas. Muitos padres são meus amigos e também gosto de levá-los ao programa. É o caso dos padres Alessandro Campos, Fábio de Melo e Marcelo Rossi.

Como foi a entrada do gospel no Programa Raul Gil?
O programa começou a trazer o gospel para o mercado da televisão em 2005. Na ocasião, eu fiz uma homenagem para o Diante do Trono e a Ana Paula Valadão esteve conosco durante uma hora. O resultado foi espetacular, um sucesso e a partir disso conseguimos dar essa abertura.

E como você descobriu o Diante do Trono?
O meu editor, que é evangélico, foi quem me deu a dica. Eu olhei para o gospel e vi ali a possibilidade de inserir uma novidade que falava diretamente com a família brasileira. A música evangélica tem tudo a ver com o nosso programa.

E a reação do público?
Nós sofremos bullying do tipo “tira esses aleluias do programa”. Não foi fácil bancar a entrada da música gospel dentro da televisão brasileira. Até então, ela era ouvida apenas dentro das igrejas, mas nós insistimos e fizemos com que o Brasil inteiro conhecesse a cultura e a riqueza do gospel.

O Robinson Monteiro foi antes?
Tivemos o Robinson em 2001 e ele também foi muito importante nesse processo de abrir espaço para o gospel. Ele começou cantando Whitney Houston e automaticamente foi introduzindo o gospel. Nós deixamos, não impedimos. Fizemos 33 pontos de audiência contra 10,12 da Globo.

Gabriela Rocha no Raul Gil mais recentemente Foto: Divulgação

Vocês também são referência com os calouros. Como é esse trabalho?
Muitos candidatos que vão às audições são da igreja e nós aceitamos. A Gabriela Rocha saiu do Jovens Talentos, a Jamily, o Jotta A, o André Leono. Algumas emissoras ainda proíbem a música gospel em programas de novos talentos, o que é uma pena.

Alguma história curiosa desses cantores?
Eu tive uma experiência diferente com o Jotta A. Depois que ele se apresentou, eu recebi uma ligação do David Foster, um dos maiores produtores da música norte-americana e que já trabalhou com Celine Dion e Michael Bublé. Ele ligou querendo contratar o Jotta A e levar a família dele inteira para Los Angeles.

Como você vê os programas de calouros?
Eu fui convidado pela Billboard, em Miami, para dar uma palestra de como conseguimos tanto sucesso com novos talentos. Todos o grandes programas que acontecem hoje, America Idol, The X Factor; eles acabaram nascendo depois do sucesso do Raul Gil. O The Voice também, eles perceberam que existia um nicho que não estava sendo bem aproveitado, o de novos talentos.

Como você avalia o gospel atualmente?
Nesses 10, 12 anos, o mercado melhorou muito, houve profissionalização. O preconceito, a rejeição do gospel não existe mais no mercado. Agora ele faz parte dos estilos musicais como a MPB, o Rock e o Sertanejo.

E o seu trabalho como produtor?
Eu adoro produzir. Trabalho com música há 35 anos e amo viver disso. Recentemente produzi o CD da Thiara Lopes e foi um trabalho que ficou muito bem feito, gostoso de ser ouvido. Também já produzi nomes como Edson & Hudson, Caio Mesquita, Gabriela Rocha e Ricky Vallen.

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