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Netflix adere a movimento a favor do aborto nos EUA

Onda conservadora tem conseguido aprovar leis anti-aborto no país

Gabriela Doria - 28/05/2019 20h49

Netflix adere a movimento a favor do aborto nos EUA Foto: Reprodução

A Netflix aderiu nesta terça-feira (28) à iniciativa que várias organizações empreenderam contra as leis antiaborto aprovadas nos últimos meses em vários estados dos Estados Unidos. A Georgia, onde a plataforma de conteúdos audiovisuais produz várias das suas séries e filmes mais famosos, foi um destes estados.

A gigante do entretenimento anunciou que se unirá a grupos como a União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) para apresentar um recurso contra a lei aprovada recentemente na Geórgia.

Essa legislação considera ilegal toda interrupção da gravidez a partir do momento em que se detecta a batida do coração do feto. Isto que pode acontecer a partir da sexta semana, quando em alguns casos a mulher ainda nem sabe que está grávida.

Além disso, o chefe de conteúdo de Netflix, Ted Sarandos, disse em comunicado enviado à revista Variety ameaçou deixar de produzir conteúdo nesse estado se a legislação antiaborto entrar em vigor.

– Temos muitas mulheres trabalhando em produções na Geórgia cujos direitos, junto com os de milhões de mulheres, serão severamente restringidos por esta lei. Dado que a legislação ainda não foi implementada, continuaremos filmando lá. Ao mesmo tempo em que apoiaremos os parceiros e artistas que decidam não fazê-lo. Se entrar em vigor, reconsideraríamos todo o nosso investimento na Geórgia – disse Sarandos em nota.

O estado sulista transformou-se em uma das principais locações para a indústria cinematográfica, que emprega 90 mil pessoas na Geórgia. Um dos motivos são as vantagens fiscais que oferece a estúdios e produtoras.

Além da Netflix, a Amazon anunciou recentemente que situará fora da Geórgia as locações da sua série The Power. A decisão foi seguida pela produtora Lionsgate com Barb and Star Go to Vista Del Mar.

A polêmica lei antiaborto da Geórgia é uma das mais restritivas dos EUA e agora está paralisada por um tribunal que declarou a norma inconstitucional com relação à Carta Magna desse estado e à liberdade das mulheres.

*Com informações da Agência EFE.

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