Ana Luiza Menezes - 22/05/2018 15h51 | atualizado em 22/05/2018 16h10

Muitas pessoas ficaram emocionadas quando ouviram a canção Stand by me, de Ben E. King, interpretada pelo Kingdom Choir durante a cerimónia de casamento de Meghan e Harry no último sábado (19). Mais do que uma canção de amor, uma música apresenta forte significado.

Um dos versos da música faz alusão a um trecho do livro de Salmos que diz: Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares.

Segundo a BBC, a música baseia-se na canção com o mesmo nome de Charles Albert Tindley, que foi publicada em 1905.

A canção também é vista por muitos como um hino aos direitos civis dos negros. Quando foi lançada em 1961, ela alcançou o topo da tabela de vendas e na mesma década foi entoada por pessoas que protestavam contra o medo e a violência, e a favor da igualdade das raças nos Estados Unidos.

Tindley foi um filho de escravo que se voluntariou para ser zelador numa igreja episcopal, na Filadélfia, e aprendeu grego por meio de um curso por correspondência. Ele também chegou a estudar hebraico em uma sinagoga de sua cidade. Mais tarde, tornou-se pastor de uma igreja cujo público era em sua maioria mestiço, assim como o bispo Michael Curry que fez o casamento real do último sábado.

Em 2015, a música chegou a ser integrada ao Registo Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso dos EUA, como parte de uma listagem que preserva registos culturais, históricos ou esteticamente importantes e informam ou refletem a vida nos Estados Unidos.

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