Oruam: “Favelas são campos de concentração da polícia”
Artista voltou a criticar operação policial no Rio de Janeiro
Ana Luiza Menezes - 29/10/2025 16h09 | atualizado em 29/10/2025 17h05

Nesta quarta-feira (29), o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, voltou a se manifestar sobre a megaoperação realizada, nesta terça (28), no Rio de Janeiro. Segundo ele, “as favelas são campos de concentração da polícia”
– As favelas do rios (sic) de janeiro são campos de concentração da polícia, como aqueles da Alemanha – escreveu o artista no X.
O governo do Rio de Janeiro confirmou 121 mortos, sendo 117 criminosos e quatro policiais. A operação contra o Comando Vermelho (CV) foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense, e é considerada a operação mais letal da história do estado.

















A ação integrou a Operação Contenção e mobilizou cerca de 2.500 mil agentes de segurança, com o objetivo de capturar cerca de 100 criminosos ligados à facção Comando Vermelho. De acordo com o secretário da Polícia Civil, foram 113 presos na ação, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco. Também foram registrados dez adolescentes apreendidos.
Segundo o governo do Rio de Janeiro, também englobam o balanço da ação: 118 armas apreendidas – sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver -, 14 artefatos explosivos e mais de uma tonelada de drogas.
O confronto começou ainda na madrugada de terça-feira, quando traficantes reagiram com tiros e incendiaram barricadas para impedir o avanço das forças de segurança. Durante o dia, o tráfico organizou represálias em diferentes regiões da cidade, bloqueando vias importantes como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. Os criminosos também lançaram bombas nos policiais a partir de drones.
Os agentes de segurança mortos foram os policiais civis Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita); e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); além dos policiais militares Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

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