MPF aciona a Justiça contra a cantora Ana Paula Valadão
Ação é sobre declarações sobre gays e pessoas com HIV
Ana Luiza Menezes - 03/05/2021 16h34 | atualizado em 04/05/2021 02h49
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação contra a pastora e cantora Ana Paula Valadão por declarações consideradas homofóbicas. O MPF pede uma indenização por danos morais coletivos e alega “discurso de ódio contra homossexuais e pessoas que convivem com o vírus HIV”.
A fala que motivou a investigação contra a pastora aconteceu no Congresso Diante do Trono de 2016, quando ela disse que “Deus criou o homem e a mulher”.
– Deus criou o homem e a mulher, e é assim que nós cremos. A Bíblia chama qualquer escolha contrária a que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, de pecado – falou Ana Paula.
Em outro momento do evento, a cantora afirmou que a união homossexual tem causado aumento dos casos de AIDS.
– A AIDS está aí para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte – disse ainda.
Ana Paula Valadão começou a ser investigada em dezembro de 2020, após as declarações dela no congresso viralizarem nas redes sociais.
Na ação, o MPF quer que a cantora pague pague R$ 200 mil e que a emissora responsável pela transmissão do evento pague R$ 2 milhões, além de “arcar com os custos econômicos da produção e divulgação de contranarrativas ao discurso do ódio praticado, em vídeo e sítio eletrônico”.
De acordo com o portal G1, o MPF disse que, durante a defesa, Ana Paula Valadão e a emissora alegaram que estavam amparados pela liberdade religiosa e que as declarações foram mal interpretadas.
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