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Eric Clapton crê que vacinados contra a Covid estão sob hipnose

Músico repercutiu teoria da "hipnose de massa", não reconhecida pela Psicologia

Thamirys Andrade - 26/01/2022 14h29 | atualizado em 28/01/2022 09h31

eric clapton
Eric Clapton no Festival Internacional de Cinema de Toronto Foto: EFE/Warren Toda

Declaradamente contra as vacinas anticovid, o guitarrista Eric Clapton sugeriu, na última sexta-feira (21), que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão sob efeito de “hipnose” ou “psicose de formação em massa”.

Em entrevista ao canal do Youtube, Real Music Observer, o músico britânico disse ter tomado conhecimento da teoria da “hipnose de massas” por meio do professor de Psicologia Clínica da Universidade de Gent (Bélgica), Mattias Desmet.

– Assim que comecei a procurar pelos sinais de hipnose, comecei a vê-los em todo o lado. Me lembrei de ver coisas no YouTube que eram tipo publicidade subliminar – afirmou o músico.

A expressão mencionada por Clapton ficou conhecida após o médico estadunidense Robert Malone, banido do Twitter, dizer que as pessoas foram hipnotizadas para acreditar na eficácia dos imunizantes. A teoria também ganhou repercussão depois de ser citada no podcast do comediante Joe Rogan.

Especialistas consultados pela agência de notícias Reuters ressaltam que a expressão (“hipnose de massas”) não é reconhecida pela Psicologia e que não há evidências do fenômeno.

– Ele [o termo] surge das teorias da sociedade de massa e das teorias da psicologia das multidões, que se desenvolveram no século 19 e que refletiam o medo das massas. A alegação era [de] que as pessoas, em massa, perdem seu senso de identidade e sua capacidade de raciocinar, regridem a um estado mental inferior onde são manipuláveis por líderes inescrupulosos. [Isto] Foi totalmente desacreditado pelo trabalho contemporâneo sobre grupos e multidões – disse Steven Reicher, professor de Psicologia Social da Universidade de St. Andrews e especialista em multidões há mais de 40 anos.

Clapton já se posicionou contra as vacinas anticovid em outras ocasiões e afirmou reiteradamente que não tocará em lugares que exijam comprovante de imunização. O músico chegou a tomar a primeira dose da vacina da AstraZeneca, mas desistiu de completar o esquema vacinal após sentir efeitos colaterais.

– Em algumas horas, eu estava tremendo como uma folha. E fui para a cama cedo, e não pude chegar em casa. Eu estava fervendo de calor e suando. E, então, eu estava com frio. E eu estive fora da contagem por cerca de uma semana – relatou.

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