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Entenda a polêmica sobre filme Cuties, lançamento da Netflix

Obra é alvo de críticas e até governo federal se envolveu em campanha contra exibição

Pleno.News - 25/09/2020 15h23

Cuties, filme da Netflix acusado de promover a sexualização infantil Foto: Reprodução

Caso você esteja perdido em meio à polêmica envolvendo o filme Cuties, da Netflix, e todas as campanhas contra o serviço de streaming, esta matéria explica os principais acontecimentos envolvendo a obra desde o anúncio de seu lançamento.

As primeiras críticas ao filme surgiram assim que a Netflix norte-americana anunciou que a obra entraria em cartaz. Isso aconteceu no dia 20 de agosto. O filme não foi criado pela Netflix, a produtora é responsável pela distribuição da obra em seus catálogos de diversos países do mundo.

Nesse dia uma petição online pelo cancelamento da distribuição começou. O abaixo-assinado virtual chegou a 20 mil adesões em apenas um dia. Ela ultrapassou 100 mil pedidos.

TROCA DO CARTAZ
Diante de tantas críticas, a Netflix decidiu se desculpar, mas ateve a retratação ao pôster do filme. A arte então foi modificada e até o nome da obra, que recebeu o nome original em francês, Mignonnes.

Filme Cuties teve cartaz modificado Foto: Reprodução

Mesmo com um novo pôster, a obra, dirigida por Maïmouna Doucouré, continuou recebendo denúncias sobre a erotização das atrizes. Apesar de argumentar que se trata de “um conto de amadurecimento”, a Netflix não convenceu o público.

DEFESAS AO FILME
A diretora, inclusive, foi a público antes do lançamento para defender a obra.

– O filme tenta mostrar que nossas crianças deveriam ter o tempo necessário para serem crianças, e nós, adultos, deveríamos proteger sua inocência e mantê-las inocentes o máximo possível – declarou à revista Time.

Depois da estreia, o Ministério da Cultura da França emitiu um comunicado defendendo a peça. Ele traz os nomes da ministra da Cultura, Roselyne Bachelot-Narquin, e da ministra da igualdade de gênero, Élisabeth Moreno.

Bachelot-Narquin e Moreno, na nota, “defendem a difusão do longa-metragem de Maïmouna Doucouré pelo mundo, em nome da liberdade de criação, pilar essencial da vida democrática”.

– Este filme deve continuar a ser exibido para todos os públicos e a alimentar um debate pacífico, baseado em leituras esclarecidas da obra.

QUEDA DE ASSINANTES
Uma das campanhas que mais recebeu adesão nas redes sociais foi a #CancelNetflix, que pedia que assinantes cancelassem o serviço em protesto. Outras hashtags com muitas mensagens foram #Pedoflix e #NetflixPedofilia.

Segundo a revista Variety, uma onda de cancelamentos começou no dia da estreia do filme e foi oito vezes maior do que os níveis diários de todo o mês de agosto.


Filme Cuties choca por imagens com erotização de crianças

CRÍTICAS DO GOVERNO FEDERAL
Quatro dias após a estreia, Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se pronunciou contra o filme Cuties, exibido pela Netflix. Ela pretende vetar a veiculação da obra. A ministra definiu a produção como abominável. Em uma rede social, ela apontou que o filme incentiva a pedofilia por exibir meninas de 11 anos em posições eróticas.

– Não neste país, Netflix! No Brasil não! Quero deixar claro que não faremos concessões a nada que erotize ou normalize a pedofilia – declarou.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também comentou em suas redes sociais sobre a polêmica.

– A resposta foi: “não podemos comentar sobre isso, mas por acreditarmos na liberdade criativa, na Netflix respeitamos todas as religiões e sua cultura, tradições e valores” – você entendeu, né? – escreveu o parlamentar.

Posted by Eduardo Bolsonaro on Saturday, August 22, 2020

SINOPSE
A trama mostra uma menina imigrante senegalesa, de 11 anos, que passou a se envolver com o grupo de dança em sua nova escola, na França. A descoberta a coloca em confronto com o conservadorismo de sua família muçulmana.

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