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Banda é impedida de ir a show no Líbano por ‘apoiar Israel’

Argumento das autoridades teve como base videoclipe do Sepultura, que mostra a Terra Santa

Ana Luiza Menezes - 26/04/2019 17h19 | atualizado em 26/04/2019 17h50

Grupo brasileiro de heavy metal Sepultura Foto: Reprodução

No Líbano, os organizadores do show do grupo brasileiro de heavy metal Sepultura não desistiram de fazer com que a banda possa se apresentar no país árabe no próximo dia 28. Entretanto, são poucas as possibilidades de as autoridades permitirem a entrada dos músicos no país.

– Ainda não conseguimos suprimir a proibição, mas seguimos tentando, embora as possibilidades sejam mínimas – disse Bassel Deaibess, um dos fundadores da produtora responsável por levar a banda.

A produtora Skull Session já tinha emitido um comunicado informando que os integrantes do Sepultura, Paulo Jr., Andreas Kisser, Derrick Green e Eloy Casagrande, tiveram suas solicitações de visto negadas. O motivo da recusa seria o fato de os músicos terem “insultado cristãos, serem adoradores do Diabo, terem realizado um show em Israel e terem gravado um vídeo em apoio a esse país”.

Segundo a agência de notícias EFE, estes foram os argumentos apresentados pelas autoridades do Líbano, país que não reconhece o Estado de Israel e não tem relações com o mesmo, visto que é considerado “inimigo”.

– Queremos esclarecer que as acusações são totalmente falsas. O grupo não tocou em Israel e o videoclipe critica o racismo desse país, mas sem nomeá-lo, e nele os membros do grupo tomam chá com árabes – disse ainda o promotor do evento, em defesa da apresentação do grupo brasileiro.

No vídeo da canção Territory, lançado em 1993, há imagens de Israel, da bandeira do país e de seus soldados, mas o grupo mantém uma postura crítica com relação à nação judaica e de apoio aos palestinos.

Sobre as acusações de insultar a religião cristã, a Skull Session ressaltou que o Sepultura não adota nenhuma ideologia nem demonstra afinidade com qualquer pensamento.

– Ao contrário, através de suas canções, pede que as pessoas se voltem para Deus, rejeita uma sociedade automatizada e anormal, e, por isso, alguns os consideram adoradores do Diabo – acrescentou a produtora.

Já outro organizador do evento, associado à Skull Session, que pediu anonimato, disse à EFE que a apresentação do grupo coincidiria com a celebração da Páscoa por parte dos cristãos libaneses, e, por isso, a comunidade religiosa pediu que o grupo fosse impedido de entrar no país.

O Sepultura se apresentaria junto com outros três grupos locais, e está previsto que o evento aconteça no próximo domingo, mesmo sem a presença da banda brasileira.

– O evento não foi proibido, apenas a entrada do Sepultura no Líbano – concluiu Deaibess.

Em 2016, as forças de segurança egípcias impediram a realização de um show do Sepultura pouco antes de seu início, nos arredores do Cairo. O argumento foi que a banda não dispunha das permissões pertinentes. Além disso, meios de comunicação locais classificaram os músicos da banda como “adoradores de Satã”.

*Com informações da Agência EFE

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