Avião com Marília Mendonça bateu em cabo de torre de alta tensão
Relatório aponta que estruturas foram instaladas em zona que violava proteção do aeroporto de Ubaporanga
Gabriela Doria - 05/11/2021 20h31 | atualizado em 05/11/2021 21h00

O avião de pequeno porte que caiu e matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, em Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, nesta sexta-feira (5), bateu em um cabo de uma torre de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A informação é da própria concessionária.
O dado confirma relatos preliminares feitos por pilotos que sobrevoaram o local do acidente e de testemunhas que estavam próximas. Segundo eles, a aeronave “rasgou” os fios de alta tensão de uma torre antes de cair.
Um piloto, que foi testemunha ocular do acidente, afirmou que a aeronave perdeu um dos motores ao atingir os fios. Apesar de ter dois motores, o avião perdeu a sustentação e caiu.
Entre os meses de julho e setembro, pilotos que passaram pela região relataram a autoridades de aviação que as torres de transmissão ofereciam risco ao pouso, uma vez que estão instaladas próximas ao aeroporto de Ubaporanga.
Ainda nesta tarde, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), informou que irá investigar as circunstâncias que resultaram no trágico acidente.
Morreram no acidente a cantora Marília Mendonça, seu produtor, Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto e copiloto do avião – que tiveram a identidade preservadas.
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