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Compositor Toninho está reunindo provas para levar à Justiça

Thamirys Andrade - 27/09/2021 14h09 | atualizado em 27/09/2021 14h28

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Compositor Toninho, cantora britânica Adele e sambista brasileiro Martinho da Vila Foto: Colagem Pleno News

O compositor Toninho, autor da música Mulheres, interpretada por Martinho da Vila, relatou como tomou conhecimento da canção Million Years Ago, da cantora Adele e detalhou as medidas que têm tomado a fim de provar que a obra da artista britânica seria um plágio de sua música.

Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, Toninho explicou que não possuía muita familiaridade com as canções de Adele, pois sua área de interesse musical é o samba brasileiro, e não o pop internacional. O compositor, contudo, foi alertado pelo amigo e produtor musical Misael da Hora.

Filho de Rildo Hora, arranjador musical de Mulheres, Misael ouviu a música de Adele durante uma festa e acreditou que se tratava de uma versão em inglês da canção brasileira. Ao constatar que o nome de Toninho não estava nos créditos, ele decidiu avisar o compositor.

– Assim, foi imediato. Pá. Confesso que me pegou de surpresa. Eu não achei nem que se tratasse de um plágio. Por Deus. Achei que era a mesma música com uma versão em inglês. Quando eu descobri que não tinha o nome do Toninho, eu fiquei estupefato – disse Misael ao Fantástico.

As canções possuem um espaço de 20 anos entre seus lançamentos. Enquanto Mulheres foi lançada em 1995, Million Years Ago veio a público em 2015.

A fim de provar a semelhança entre as obras, a defesa de Toninho contratou dois especialistas. Em entrevista ao portal Uol, o advogado Fredímio Trotta explicou que decidiu fazer uma sobreposição das músicas para evidenciar o suposto plágio. A defesa também coletou o depoimento de mais de 40 pessoas leigas em relação à técnica, para identificar se mesmo ouvintes sem conhecimento musical conseguem perceber as semelhanças.

Os advogados apuraram ainda que o produtor Greg Kurtin, que compôs a canção junto de Adele, seria entusiasta da música brasileira.

Notificações extrajudiciais foram enviadas à equipe de Adele, ao produtor Greg Kurtin, além de à gravadora Sony do Brasil, que foi a única a se manifestar sobre o caso até o momento. A Sony é a gravadora tanto de Martinho da Vila quanto de Adele.

– Esse assunto está atualmente nas mãos da XL Recordings e da própria Adele, já que a Sony Music era apenas distribuidora desse fonograma no Brasil, cujo contrato, inclusive, já está expirado – disse a gravadora por meio de nota.

ACORDO
Toninho destaca que não tem a intenção de brigar e que está disposto a fazer um acordo, caso a equipe de Adele assim deseje.

– Eu não quero brigar. Só quero que reconheçam que a minha música está dentro da obra dela – declarou.

Se vencer a disputa judicial e não houver um acordo, o compositor pode embolsar um valor de indenização de centenas de milhares ou até milhões de dólares.

– Se apura em juízo quanto vendeu o álbum, se divide pelo número de faixas, a monetização que essa canção acumulou no YouTube, streamings, eventuais comerciais, tudo o que a música gerou de lucro. Tudo isso é contabilizado. A partir daí, é calculado os danos materiais, o que os terceiros, como o produtor e a gravadora, lucraram, e também uma indenização por danos morais, que nas cortes estrangeiras chega a ser equivalente ou próximo da indenização por danos materiais – explicou o advogado Fredímio Trotta.

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