Adultério, cadeia e calotes: Relembre as polêmicas de Belo
O cantor já teve seu nome ligado a investigações de envolvimento com a máfia, foi acusado de adultério, e suas dívidas já alcançam a casa dos milhões
Pierre Borges - 18/02/2021 15h58 | atualizado em 18/02/2021 18h46

O cantor Belo foi preso nesta quarta-feira (17) pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC RJ), e está sendo investigado após ter realizado um show que ocorreu em uma escola pública no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, mesmo com as proibições devido à pandemia do novo coronavírus. Toda a vida pública do cantor, no entanto, é repleta de polêmicas.
Além de já ter sido preso, o cantor já teve seu nome ligado a investigações de envolvimento com a máfia, foi acusado de adultério, e suas dívidas já alcançam a casa dos milhões.
Relembre as polêmicas envolvendo o nome do cantor:
DÍVIDA MILIONÁRIA
Em 1998, quando o cantor Belo liderava o grupo de pagode Soweto, o então jogador de futebol Denilson comprou os direitos autorais e tornou-se empresário da banda.
No ano de 2000, Denilson acionou a justiça após Belo deixar o grupo para seguir carreira solo, alegando quebra de contrato, danos morais e outros prejuízos. Mas a defesa do cantor alegou não reconhecer o futebolista como detentor dos direitos do Soweto.
Hoje, mesmo com o processo encerrado e favorável a Denilson, a dívida não foi paga e já chega a 5 milhões, com as devidas correções. A justiça chegou a penhorar os bens do pagodeiro em 2017. No mesmo ano, Belo processou Denilson por danos morais após este o cobrar nas redes sociais. Mas perdeu e aumentou sua dívida com o ex-jogador.
– É o que o ser humano deveria fazer. É muito simples esse problema. Pagou? Tá resolvido e já era! – afirmou Denilson em 2019, no programa Aqui na Band.

CADEIA
Em 2003, Belo foi condenado a oito anos de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma. A polícia prendeu o cantor em 2004, após encontrá-lo em um esconderijo com paredes falsas dentro de sua casa.
Belo conseguiu o direito à liberdade condicional em 2007 e ficou livre do processo em 2010, após indulto. Devido à condicional, antes do indulto, Belo precisava estar em casa até as 23h e tinha que ter autorização judicial para fazer shows.
A principal prova contra o cantor foi um grampo da polícia que registrou uma conversa entre Belo e Valdir Ferreira, o Vado, então chefe do tráfico no Jacarezinho, onde o traficante pediu ao cantor R$11 mil para a compra de “tecido fino” em troca de um “tênis AR”. Segundo a polícia, “tecido fino” seria um código para cocaína e “tênis AR”, um código para fuzil AR15.
Belo ficou preso por 37 dias em 2002, também por envolvimento com o tráfico.

ADULTÉRIO
Após nove anos de relacionamento com Viviane Araújo, em 2007, Belo se separou da atriz, que o acusou de adultério. A relação extraconjugal teria acontecido em visitas, quando o cantor ainda estava no presídio, e, segundo Viviane, com a atual esposa do cantor, a modelo Gracyanne Barbosa.
Em entrevista ao colunista Léo Dias, o cantor confessou ter traído sua ex-esposa, mas afirmou que não foi com Gracyanne. Ele ainda disse que o relacionamento com a modelo o “mudou muito” e que sua vida está “completamente diferente do que era”.

SUPOSTO ENVOLVIMENTO COM MÁFIA E FORMAÇÃO DE QUADRILHA
Em 2011, a Polícia Federal acusou Belo de envolvimento com uma máfia israelense de tráfico de carros. Segundo a polícia, o cantor estaria comprando carros para lavar dinheiro para a máfia que realizava importação ilegal de carros de luxo.
Durante o período da investigação, Belo usufruiu de, pelo menos, três carros financiados pela Euro Imported Cars, agência do chefe da quadrilha. Os carros utilizados pelo cantor foram um BMX X6, um Porshe Panamera e um Audi R8.
Já em 2013, o cantor foi investigado pela Polícia Civil, sob a acusação de estelionato e formação de quadrilha, com outras sete pessoas da sua produção. Eles teriam aplicado um golpe na Táxi Aéreo Poty ao contratar os serviços da empresa e sustar os cheques antes de sua compensação.
Por meio de assessoria, Belo afirmou que não teve envolvimento direto com as negociações com a empresa e que “quem cuida de todos os preparativos do seu espetáculo, podendo exemplificar, desde o transporte, hospedagens, alimentação etc., é sua produção”.

EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E CALOTE
Segundo o colunista Léo Dias que, na época, escrevia para o jornal O Dia, durante o Carnaval de 2012 o cantor Belo e sua esposa, Gracyanne Barbosa, teriam se envolvido em um acidente de carro, enquanto Belo dirigia embriagado. Saindo do sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, o pagodeiro teria colidido e, com o impacto, destruído um táxi.
De acordo com a publicação, o cantor teria implorado ao taxista que não fizesse queixa na delegacia e dito que, na segunda-feira seguinte, eles resolveriam a situação. Entretanto, em vez de resolver as pendências com o taxista, Belo teria viajado para a Angola, na África, para uma turnê.

MAIS UM CALOTE
Em 2017, Márcia Gomes, proprietária da casa em que Belo morava com Gracyanne Barbosa, em São Paulo, afirmou que “tem um bandido morando na minha casa”, referindo-se ao cantor, que estava com aluguéis atrasados em mais de R$ 500 mil.
Márcia processou o pagodeiro que, por sua vez, ameaçou processá-la de volta. Belo admitiu que estava devendo e afirmou que iria pagar a dívida. Após a polêmica, o casal deixou o imóvel.

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