Líderes evangélicos entram com ação contra a Netflix
Conselho Nacional de pastores pede indenização por danos morais coletivos
Paulo Moura - 20/12/2019 08h08 | atualizado em 20/12/2019 08h11
Um grupo de representações e lideranças evangélicas, incluindo o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Eduardo Tuma, ajuizou nesta quinta-feira (19) ação contra a Netflix, pedindo a censura do “Especial de Natal Porta dos Fundos”, programa em que Jesus é retratado como gay.
Junto com o Conselho Nacional de Pastores do Brasil e o bispo Robson Rodovalho, fundador da comunidade evangélica Sara Nossa Terra, Tuma pede ainda indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão.
A ação, ainda não analisada pela Justiça, também requer indenizações individuais em valor “não inferior a R$ 1.000” a todos os cristãos que se sentirem lesados e que se habilitem a pleitear este valor. Segundo o advogado que protocolou a ação, Ricardo Hasson Sayeg, a intenção é mobilizar a comunidade evangélica para que diversas pessoas recorram na Justiça o direito à indenização.
Sayeg diz ainda que a representação não considera que o pedido de retirada do programa do ar configura censura.
A gente entende que [o programa] foi além do direito de manifestação artística – diz.
A petição diz que o conteúdo do programa está deturpando ofensivamente a imagem de Deus, de Jesus Cristo, da sua sagrada Mãe Maria e de todos os demais protagonistas bíblicos envolvidos. A Netflix diz que não vai comentar o caso.
*Folhapress
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