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Governo francês defende o filme Cuties, lançado pela Netflix

Para ministra da Cultura francesa, críticas se baseiam em imagens descontextualizadas

Pleno.News - 19/09/2020 14h43 | atualizado em 19/09/2020 16h02

Sob acusações de sexualização infantil, Netflix lançou o filme Cuties Foto: Divulgação

O Ministério da Cultura da França publicou, nesta sexta-feira (18), uma carta em apoio ao filme Cuties, que fez a Netflix ser acusada de sexualizar crianças.

Em nota, o governo francês disse que críticas dirigidas ao filme e à diretora Maïmouna Doucouré se baseiam em um série de imagens descontextualizadas e reducionistas. Além disso, os ataques imputam à diretora uma intenção que ela não teve e que vai em “total contradição com o que a obra propõe”.

O comunicado traz os nomes da ministra da Cultura, Roselyne Bachelot-Narquin, e da ministra da igualdade de gênero, Élisabeth Moreno.

Bachelot-Narquin e Moreno, na nota, “defendem a difusão do longa-metragem de Maïmouna Doucouré pelo mundo, em nome da liberdade de criação, pilar essencial da vida democrática”.

– Este filme deve continuar a ser exibido para todos os públicos e a alimentar um debate pacífico, baseado em leituras esclarecidas da obra.

Cuties conta a história de Amy, uma menina de 11 anos de origem senegalesa que se muda para a França com sua família. A pequena conhece um grupo de dança de garotas de sua idade, Mignonnes (nome original do filme, em francês), o que não é aprovado por sua família religiosa e conservadora.

A jovem protagonista, interpretada pela atriz Fathia Youssouf, vive um embate entre as descobertas de sua nova vida e as suas origens e costumes. Mas o que poderia ser mais um filme sobre diferenças culturais e as descobertas do começo da adolescência virou objeto de uma série de polêmicas.

O longa, acusado de sexualizar crianças, chegou aos assuntos mais comentados no Twitter nos Estados Unidos quando estreou no catálogo da Netflix. Em entrevista ao site especializado Deadline, a diretora e roteirista Maïmouna Doucouré disse que recebeu ameaças de morte.

No Brasil, Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, afirmou na última segunda (14) que está tomando providências contra o filme. O longa, que foi premiado no festival Sundance, entrou na mira da ministra, que por meio das redes sociais chamou a produção de “abominável”.

– Estou brava, Brasil! Estou muito brava! É abominável uma produção como a deste filme. Meninas em posições eróticas e com roupas de dançarinas adultas. Quero deixar claro que não faremos concessões a nada que erotize ou normalize a pedofilia! Quero aproveitar e dar um recado aos pedófilos que por anos tem vindo ao Brasil abusar de nossas crianças: no Brasil existe um governo que se importa de verdade em proteger as crianças e as famílias – destacou a ministra.

*Folhapress

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