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Ygor Siqueira: “2021 foi um laboratório de sobrevivência”

CEO da 360 WayUp faz um balanço do mercado cinematográfico e adianta novidades da produtora para 2022

Natalia Lopes - 22/12/2021 19h08 | atualizado em 23/12/2021 13h49

Ygor Siqueira faz avaliação do ano no mercado cinematográfico cristão Foto: Divulgação

Com mais de dez anos dedicados a impulsionar o mercado cinematográfico cristão no país, o empresário Ygor Siqueira, CEO da 360 WayUp, esteve à frente de dois lançamentos neste ano, durante a retomada do público às salas de cinema após a pausa obrigatória devido à pandemia.

Em novembro, em parceria com a California Filmes, a empresa foi responsável por trazer Deus Não Está Morto – O Próximo Capítulo aos cinemas. Quarto título de uma das franquias cristãs de maior sucesso, o longa trouxe o ator David A. R. White de volta ao papel do pastor Dave, como sempre debatendo temas importantes como a liberdade religiosa.

Já em dezembro, a 360 WayUp apostou num novo formato cinematográfico ao trazer o documentário Mostra-me o Pai, novo projeto dirigido pelos irmãos Kendrick, responsáveis por grandes sucessos como Quarto de Guerra, Corajosos e Mais que Vencedores.

Em meio a esses projetos, Ygor Siqueira aproveita para fazer um balanço do mercado no ano de 2021. Mesmo ainda vivendo num período pandêmico, ele acredita que 2022 será um ano de transbordar para a indústria que continua mostrando sua força apesar dos tempos incertos.

Confira a seguir uma entrevista com o diretor da 360 WayUp e fique por dentro das novidades para o próximo ano.

Deus Não Está Morto – O Próximo Capítulo Foto: Divulgação

O ano de 2021 foi de reabertura para a indústria do entretenimento, inclusive para o cinema cristão. Como você avalia o atual momento do mercado?
Na minha avaliação, 2021 foi uma retomada quando a gente fala de entretenimento, na pandemia. Houve alguns eventos de drive-in, e a maioria acabou não sendo bem-sucedida. Mas acho que 2021 foi um laboratório gigante de sobrevivência, principalmente quando a gente fala de cinema. Foi uma releitura do cenário que ainda não é claro, com projetos maiores funcionando e outros não. Contudo, 2022 será um ano em que as coisas vão fluir melhor, quando a grande maioria estará vacinada e já não terá esse temor de estar em público.

Nessa reabertura, tivemos a estreia de Deus Não Está Morto – O Próximo Capítulo nos cinemas. O que esse momento representou não só para você, mas para o mercado num todo?
Essa estreia foi uma grande alegria. Era um filme que vinha de vários sucessos e, proporcionalmente, a nível mundial, no Brasil foi o melhor lançamento. Deus Não Está Morto – O Próximo Capítulo ficou num padrão aceitável de números em relação à pandemia e num bom padrão de mercado considerando os blockbusters. Foi muito bom para sentir que o público queria se envolver, lotando salas fechadas, e foi [algo] muito positivo.

Como você avalia o apoio da igreja nessa fase de retomada?
O apoio da igreja foi fundamental. A igreja está sedenta por projetos que saem das quatro paredes, projetos que possam se tornar importantes para resgatar pessoas que estão fora.

Na sequência, tivemos Mostra-me o Pai. Como você avalia esse projeto e como foi o retorno do público?
Mostra-me o Pai é a nova produção dos irmãos Kendrick com uma mensagem única sobre paternidade. A liderança realmente foi tocada e se envolveu nos locais onde foi exibido. A estreia dele entrou próximo de Deus Não Está Morto – O Próximo Capítulo e de grandes lançamentos, numa data muito difícil. O filme ficou duas semanas em cartaz, mas a receptividade do público foi incrível, principalmente por ser um filme documental.

Stephen Kendrick é um dos produtores de Mostra-me o Pai Foto: Divulgação

Quais foram os maiores desafios enfrentados nessa retomada?
Foi realmente a reativação do próprio movimento para ir aos cinemas. Essa reativação de cultura, que estava sendo criada e vem sendo criada há muitos anos, deu uma esfriada, e a gente trabalhou para reaquecer tudo isso rapidamente. Alguns argumentos em relação à própria pandemia acabaram sendo o nosso maior desafio. Contudo, tivemos apoio para ajudar neste resgate de algo que foi tão trabalhado nos últimos oito anos desde o primeiro projeto lançado nos cinemas.

Qual sua expectativa para o mercado em 2022?
2022 é um ano de transbordar, quando a gente vai produzir efetivamente projetos nacionais desde longa metragem, passando por série e chegando à animação. Então, a expectativa é de entrar em outro patamar do cinema e do entretenimento cristão. A expectativa é de que os cinemas voltem a ficar repletos e que as plataformas comecem a ganhar mais conteúdos cristãos.

Já temos alguns projetos em vista para o próximo ano. A que pé estão essas produções e o que já pode nos adiantar sobre elas?
Nós temos a animação da Rainha Ester em desenvolvimento. Ela é baseada no livro da escritora Julia Malucelli e tem roteiro de Vivian de Oliveira, autora da novela bíblica Os Dez Mandamentos. Temos um thriller de ação do casal Daniel e Marine Friesen, que é Código do Armagedom, que já está em pós-produção e também vai ser lançado em 2022. Em abril vamos rodar o filme A Entrega, com direção de Fábio Faria, coprodução com a Larty Mark e distribuição em parceria com a Imagem Filmes. Também teremos Os Remanescentes, que é uma coprodução com a Sony Pictures, e Fé Para o Impossível, que é a maior produção com a Galeria Distribuidora, responsável pelos filmes Papai é Pop, com Lázaro Ramos, e A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, sobre o caso Richthofen. 2022 é um ano muito forte na linha de produção com esses quatro projetos em andamento, fora os outros que estão em desenvolvimento.

Julia Malucelli e Vivian de Oliveira Foto: Natalia Lopes/ Pleno.News

O que mais podemos esperar da 360 WayUp para 2022?
Esperar que a gente possa ampliar e transformar o entretenimento com conteúdo cristão; fazer e criar cultura com uma leitura diferenciada e dinâmica; e também impactar e influenciar vidas, fazendo a diferença em todos os meios de exibição, tanto on-line quanto TV e cinema, dentro e fora do Brasil. Desejamos que o Brasil se torne referência no cinema cristão mundial.

Outro marco da 360 WayUp é a conferência Connect 360. O que o levou a implementar esse projeto? Quais foram os resultados obtidos e o que podemos esperar da edição de 2022?
O Connect 360 é a conferência anual da equipe interna da 360 WayUp. Todos os anos este encontro nos leva sempre a fazer uma avaliação e já começar o ano a todo vapor, com impulso e garra. Mesmo considerando a pandemia, a gente realizou o Connect em 2021, em Angra dos Reis (RJ), e, em 2022, vamos para Fortaleza. Vai ser um tempo incrível para renovar as forças e projetar e crescer profissionalmente como equipe. Com tantos projetos chegando, precisamos estar bem preparados e alinhados.

Que mensagem você deixa para quem ainda não se permitiu conhecer mais do cinema cristão?
Quando a gente não se permite, é porque estamos travados e cegos. Que a gente possa ampliar a nossa visão e entender que Deus age de inúmeras formas possíveis, inimagináveis e questionáveis, e que o cinema e o entretenimento cristão são algumas dessas formas. O mercado fonográfico ganhou seu espaço, e o audiovisual vem ganhando o seu. Por isso é fundamental que todos, cristãos e não cristãos, façam parte desse movimento e que possam ser transformados por cada mensagem que a gente lança por meio desses projetos. Que Deus abençoe a todos! E posso declarar que 2022 vai ser um ano de transbordar.

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