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Saiba como o carnaval virou a festa mais popular do Brasil

Evento esteve presente no país desde o período colonial e foi crescendo até chegar ao que conhecemos

Henrique Gimenes - 03/03/2019 10h10

O carnaval é a festa mais popular do Brasil Foto: Pixabay

O carnaval, a festa popular mais celebrada do Brasil, passou por diversas mudanças ao longo do tempo até chegar ao formato que conhecemos hoje. O evento, inclusive, apresenta variações em outros países. Suas origens remetem a diversas festas pagãs da Antiguidade.

Mesmo sendo uma festa pagã, a Igreja Católica resolveu permitir a celebração. Seu início passou a ocorrer antes da quaresma, como uma forma de extravasar tudo aquilo que seria proibido durante o período religioso. O nome surgiu do termo latim carnis vale, que significa “retirar a carne”.

No Brasil, a festa chegou durante o período colonial. A primeira manifestações foi chamada de entrudo. A folia acontecia no mesmo período do carnaval moderno, antes da quaresma. Os participantes se divertiam jogando farinha, areia e baldes de água uns nos outros. De origem popular, o entrudo acabou sendo proibido pelas autoridades.

Pouco depois surgiram os bailes parisienses, festas cheias de requinte em que os convidados usavam máscaras para esconder os rostos e outras fantasias. Como esses bailes eram frequentados por pessoas de maior poder aquisitivo, as classes mais populares acabaram por criar novas celebrações: os cordões, os ranchos e os blocos.

Os cordões eram os locais em que foram tocadas as primeiras marchinhas de carnaval, utilizadas para guiar o desfile. Logo se tornaram muito populares no Rio de Janeiro, na época capital do país. Consistiam em grupos mascarados, muitas vezes com fantasias iguais, que dançavam pela rua. Um movimento semelhante aos cordões também crescia em outras regiões do Brasil, como os afoxés em Salvador, o frevo em Recife e o maracatu na cidade de Olinda.

Os ranchos eram uma versão mais organizada dos cordões, com melhores instrumentos, sua própria bandeira e um porta-estandarte. Já os blocos eram apenas um grupo que se reunia e saia dançando, sem fantasias ou coreografias.

No começo do século 20, então, apareceram as primeiras escolas de samba no país, a Deixa Falar, que mais tarde virou a Estácio de Sá, e a Vai Como Pode, que depois se tornou a Portela. O surgimento de novas agremiações resultou, em 1929, na primeira competição entre elas. A campeã daquele ano foi a Estação Primeira de Mangueira.

A popularização dos desfiles fez com que escolas de samba também fossem criadas em São Paulo. A primeira delas foi fundada em 1935 e se chamava Primeira de São Paulo. Com o crescimento destas agremiações, elas acabaram se especializando até chegar aos desfiles atuais. Nos anos 80, no Rio de Janeiro, a Prefeitura da cidade criou o Sambódromo, local em que as escolas desfilam.

O trio elétrico, outra atração do carnaval, surgiu em Salvador, na Bahia, no ano de 1950, quando dois músicos, Dodô e Osmar, subiram em um carro com seus instrumentos e começaram a tocar. No ano seguinte, um terceiro músico, Temistócles Aragão, se juntou a eles, completando assim o trio. Uma empresa acabou emprestando um caminhão para os três. Ao longo dos anos, os veículos foram aumentando de tamanho.

Atualmente, o carnaval é a maior festa popular do Brasil. A festa movimenta a economia e o turismo no país. Somente no Rio de Janeiro, em 2018, foram mais de 1 milhão de turistas para curtir o evento e cerca de R$ 3 bilhões movimentados na economia da cidade.

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