Professora defende livro sobre prostituição infantil na Flip
Ela afirmou que obra de Hilda Hilst serve para analisar limites da arte e que "não é pedofilia"
Camille Dornelles - 30/07/2018 12h15 | atualizado em 30/07/2018 13h07
Na sexta-feira (27), a professora de Literatura brasileira da Universidade de São Paulo (USP) Eliane Robert Moraes assustou com algumas de suas afirmações durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)
Ela participou de uma mesa em homenagem à escritora Hilda Hilst e comentou algumas de suas obras. Ao falar sobre o ensaio O Caderno Rosa de Lori Lamby, que traz como personagem uma menina de 8 anos que gostava de se prostituir, Moraes declarou que “isso não é pedofilia, é literatura”.
A docente também é escritora e autora do livro O Corpo Descoberto: Contos Eróticos Brasileiros. Ela defende as obras de Hilst e a classificou como ” impura, lírica e pornográfica, santa e sublime”.
Apesar das afirmações chocantes, a professora ponderou que “o mundo de Lori Lamby não existe” e que o livro serve para analisar quais são os limites permitidos por uma obra de arte.
– Esse livro é perturbador, nos coloca milhares de perguntas, põe em xeque os limites da arte. O que mais perturba é a alegria de Lori. Este é o único livro alegre de Hilda, o resto é desespero e desamparo. Ela (Hilda) cria um mundo fora do mundo. Trata-se de conceber o inconcebível – manifestou.
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